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Em 1881 Rodin expunha o «S. João de bronze», «um anachoreta magro e robusto, de musculatura devastada e solida, erguida sobre pés que a marcha endureceu, torso nodoso, habituado a todas as intemperies, com um gesto de prégador obstinado, que levanta a face illuminada e aberta dos mysticos e dos colericos

Um d'elles é o atelier de Rodin, que eu ia visitar. Infelizmente, foi trahida a minha anciosa espectativa.

Como vêm, a inspiração de Rodin participa do que mais agudo tem a observação da vida real, da vida verdadeira em todas as suas manifestações e fórmas physicas, e de tudo que mais alto e subtil tem a poesia das cousas e que d'ellas se destaca como um perfume inebriante, capitoso e perturbador!

Sob o cinzel d'este artista genuinamente, apaixonadamente, sentidamente moderno que é Rodin, o poema do vate gibelino não conservou a côr local, nem tão pouco o colorido catholico que o especialisa.

O talento de Rodin é tão pessoal, é tão inconfundivel a sua maneira, que, depois de se ter visto um corpo humano modelado por elle, não tornamos a confundir este poderoso manejador do cinzel com nenhum dos seus contemporaneos celebres. Discipulo de Barye e de Carrier-Belleuse, a originalidade de Rodin destaca, comtudo, em uma energia indominavel.

Depois temos a serie das suas esplendidas estatuetas, tão cheias de vida plastica, d'um correctissimo desenho, mesmo quando o esculptor passa da maneira emocional do seu mestre querido Injabert á larga ébauche de Rodin que mesmo chegou a attingir na silhueta do grande artista rebelde». E de facto assim é.

Até 1885 Rodin, que ao do «S. João» expuzera tambem a «Creação do homem», apresenta na grande nave do Palacio da Industria os bustos expressivos e magistraes de Jean Paul Laurens, de Carrier-Belleuse, de Victor Hugo, de Dalou, de Antonin Proust.

A França, a que minha alma aspirava, como aspira ás paizagens desoladas da Palestina a alma dos grandes ascetas do christianismo, como aspiram á mystica e penetrante atmosphera de Bayreuth os fanaticos da religião wagneriana, era a França que desde Jean Goujon até Rodin, e desde o Poussin até Puvis de Chavannes, e desde Froissart até Michelet, e desde Mme.

Mas quer dizer que a estatuaria é hoje uma arte destinada a satisfazer, não a alma collectiva das multidões, mas o espirito culto dos dilettanti e dos artistas; uma arte em que o genio individual póde manifestar-se sublimemente e está a Porta de Bronze que Rodin anda esculpindo que o diga, e estão os tumulos de Barrias, e está o baixo relevo de Rude, e estão as innumeras estatuas, os innumeros monumentos que enchem as praças e os museus affirmando que a França d'este seculo possue uma intensa vitalidade artistica que a honra a deve encher de justo orgulho.

Este artista é Rodin. Os seus principios foram rudes e difficilimos, como o de quasi todos os verdadeiros artistas, quer dizer d'aquelles que trazem comsigo um temperamento tão accentuadamente independente e tão intransigentemente pessoal, que desnorteia todas as rotinas e revoluciona todas as estheticas estabelecidas e todas as escolas triumphantes. Hoje Rodin é, elle proprio, um triumphador.

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