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Depois de vestido, Gonçalo, passeando no quarto, releu a carta. Sim, certamente das Lousadas. Mas agora essa maledicencia, soprada com tão sordida maldade sobre as pobres bochechas do Barrôlo, não causava damno antes servia, quasi beneficamente, como a braza d'um ferro, para sarar um damno.

Logo n'essa semana as Lousadas, mais agudas, mais escuras, invadiram uma tarde os Cunhaes e apenas espetadas no sophá, logo lhe contaram, com um riso feroz nos olhinhos furantes, do grande escandalo, o Cavalleiro! em Lisboa! sem rebuço! com a mulher do Conde de S. Romão! um fazendeiro de Cabo Verde!

Gonçalo, movendo os dedos lentos pela moldura do espelho, fino entrelaçamento de açucenas e louros, murmurou: Eu sei apenas das Lousadas, das tuas amigas Lousadas. Continuam em plena actividade... Gracinha negou candidamente: As Lousadas? Não! Nem teem apparecido. Mas teem tecido!

Mas a carta que assim silvava por sobre o bom Barrôlo como flecha errada acertava em Gracinha, feriria Gracinha no seu orgulho, no seu impressional pudor, mostrando á pobre tonta como o seu nome e mesmo o seu coração, arrastavam enxovalhadamente, pela rasteira mexeriquice das Lousadas!... Certesa tão humilhadora não apagaria um sentimento que se não apagava com humilhações mais intimas, tanto mais dolorosas.

A menor diminuição n'essa intimidade tão desastradamente reatada seria como a revelação da torpeza ainda abafada nas paredes do Mirante! Toda Oliveira cochicharia, riria. «Olha o Fidalgo da Torre! Mette o Cavalleiro nos Cunhaes com a irmã, e logo, passadas semanas, rompe de novo com o Cavalleiro! Houve escandalo, e gordoQue delicia para as Lousadas!

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