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Mas que tristeza immensa!... Como eu amaldiçoava, n'aquella hora, estas invenções da epocha, estes engenhos surprehendentes, monstruosos, que vem zombar da vida, e assassinar arte, enlevos fugaces que passam, reminiscencias, saudades, tudo o que é doce ao espirito... porque, affirmo-o tanto quanto as palavras me podem traduzir o pensamento, porque, no fim de contas, ficou-me uma desconsoladora noção de desprestigio da existencia, e de troça ás leis do mundo, á lei da successão dos factos no tempo; e vi em pensamento um bando de velhinhos alchimistas largarem as retortas, por um momento, e virem bradar á creação, fitando o ceu ás gargalhadas: «não tenhas imposturas, sabemos tanto, fazemos tanto como tu!...» não bastava a photographia, esta artimanha irreverente, que vae implicar com os ausentes, com os defuntos, com o mundo distante, dando-nos em troca da sentida recordação, que guardavamos, o phantasma, em contornos, do que fugiu dos nossos olhos.

Um dia os deuses, cada qual uma arvore, Á sua guarda consagraram: Jupiter Esse o carvalho, a murta Venus, Hercules esse o alemo, e o loureiro Apollo. Vendo-as Minerva todas infructiferas: Que é isto? exclama. Jupiter acode-lhe: Senão, diriam, filha! que as guardavamos pelo fructo. Que me importa digam-no;

Quando tu jazias na servidão, e os grilhões, encarnando-se-te nos pés e nos pulsos, te roçavam pelos ossos, peleijavamos nós por te salvar; derramavamos o nosso sangue por ti. Por ti viamos o irmão e o amigo morder o dos campos de batalha, e calavamos; sentiamo-nos descahir de fome, e não soltavamos um queixume. Porque guardavamos os ais para o silencio das trevas.

Palavra Do Dia

alindada

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