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Atualizado: 9 de junho de 2025


E por ali levou a noite toda, farejando e uivando, até que cansado de perscrutar o insondável, se foi ladeira abaixo, aos primeiros assomos da madrugada que vinha, docemente, alumiando píncaros e arestas. Ao romper da alva o céu era azul. Apenas de longe em longe penachos de nuvens brancas ondulavam as suas cristas alvadias, que se esfarpavam lentamente ao menor sopro da aragem.

Lobos uivando a magua que os consome Á lua que prateia a serra fragarosa... Magros vultos de pêlo arripiado Com um sinistro olhar incendiado; Ferozes esqueletos que têm fome... Aparições da Plebe tenebrosa; Odios vivos, relampagos de dôr; Archotes acendidos, Na noite da desgraça transmitidos, De mão em mão, com tragico furor! Lobos famintos, doidos e profetas!

Mas saio vencedor e a terra firme alcanço; Então quero parar... mas corro sem descanso. As forças vão fugindo, e julgo que do peito O coração rebenta exanime e desfeito! Não se demora o rio: é tempo emfim! D'um alto Vejo a Lua a brilhar no espelho da agua; salto, Alheio á dôr do corpo, e emquanto vou nadando Sinistramente ao longe um lobo fica uivando.

Que tanto e tanto te offenderam, Mas meus archi-primeiros bisavós? Quando os vulcões da terra arrefeceram, E lentamente, aos poucos, e as primeiras Effloraçoes da vida appareceram; Talvez, que um tigre eu fosse, que nas carreiras E uivando, á lua, e destruisse as mattas Que levaste a criar noites inteiras!

Mas não me prendiam as surprezas d'aquelle arraial musulmano nem almées dançando entre brilhos de vermelho e d'ouro; nem poetas do deserto recitando as façanhas d'Antar; nem Derviches, sob as suas tendas de linho, uivando em cadencia os louvores d'Allah... Calado, invadido pelo pensamento do Bab, revolvia commigo o confuso desejo de me aventurar n'essa campanha espiritual!

Vaes agora pisar as ruas da Anciedade, subir a vil calçada amarga do Despreso. Desde hoje és um forçado, um criminoso, um preso, que tens com ferro em brasa um R sobre a testa, cuja vista faz asco e cujo bafo empesta, contra o qual, ao passar, todas as mãos honradas vão arrancar, uivando, as pedras das calçadas!

Em monstruozos caldeirões Ondas de pez tonitruando, Roucos, uivando, aos borbotões, E dentro vós, pobres captivos, Em sangue, em chagas, todos nus, A morrer sempre e sempre vivos, Sempre a coser e sempre crus! Em lagos rutilos de estanho, Bramindo pragas em latim, Milhões de herejes tomam banho... Olhae que espiga um banho assim!... Estes frigidos em certans, Dentro do azeite que extravasa.

Obedeciam-lhe e amavam-no as feras do deserto; legiões de anjos, bellos como adolescentes gregos, visitavam-no de vez em quando na sua Thebaida escondida; os demonios, com figuras de animaes immundos, vagavam uivando em torno d'elle e dos solitarios que aqui e ali tinham escolhido para morada o deserto e tentavam em vão os santos ascetas.

Corria o quinteiro, e meia duzia de cavadores de enxada, batendo os pés descalços na terra endurecida pelo calôr, varapaus ao hombro, falando alto. Desacorrentára o creado dois grandes cães de fila, amarelos, rabo cortado, focinho negro, fauces ameaçadoras, que de noite rondavam ganindo e uivando.

Impressionado, decidido, Topsius traçou a sua farta capa: e descemos, n'um cauto silencio, pela escada que do terraço levava um caminho de pedra miuda collado á muralha nova d'Herodes. Longo tempo marchámos na escuridão, guiados pelas roupagens brancas do Essenio. D'entre casebres em ruinas, por vezes um cão saltava uivando. Sobre as altas ameias passavam mortiças lanternas de ronda.

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