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O sol, que nunca pára, Da sua alegre vista saudoso, Traz ella pressuroso Nos cavallos cansados do trabalho, Que respirão nas hervas fresco orvalho, S'estende claro, alegre e luminoso. Os passaros voando, De raminho em raminho vão saltando; E com suave e doce melodia O claro dia estão manifestando.
Se só de ver puramente Me transformei no que vi, De vista tão excellente Mal poderei ser ausente, Em quanto o não for de mi. Porque a alma namorada A traz tão bem debuxada, E a memoria tanto voa, Que se a não vejo em pessoa, Vejo-a n'alma pintada. O desejo, que s'estende Ao que menos se concede, Sôbre vós pede e pretende, Como o doente que pede O que mais se lhe defende.
E soberbo de si, não satisfeito A seu profundo, e vasto pensamento, Co'a tócha acceza da Razão diante, Abre, piza, franqueia ignóta estrada, Que mais, e mais se aplaina, e mais s'estende C'o porfiado estudo, e os homens leva Ao Templo augusto da immortal Verdade, Que escondido não he qual foi primeiro.
Que a flamma, que se accende Alto, tanto allumia, Que se o nobre desejo ao bem s'estende Que nunca vio, o sente claro dia; E lá vê do que busca o natural, A graça, a viva côr, N'outra especie melhor que a corporal.
Palavra Do Dia
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