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Atualizado: 14 de maio de 2025
Punham-me o corpo negro... Mas era para se rirem, não fazia mal... E a ti? Puzeram-me a alma negra. E tu? Eu soffria. Pois se a gente tem pão e uma enxerga ainda ao menos é feliz. Encostados um ao outro, para se aquecerem, scismavam enregelados, quasi cobertos pelos mesmos trapos. Noite escura, mas no sitio onde elles encolhidos sonhavam, pareciam arder faúlas, restos d'um lar a apagar-se.
E mostra a triste carne magoada, os seios murchos e com nodoas. No hombro os ossos furam-lhe a pelle. Quando eu morrer... oh quando eu morrer!... Tola! Que tem? Tenho alli a roupa apartada. A mim quando sahi do asylo enganaram-me, levaram-me. Eu não sabia nada. Depois comecei a servir. Enganaram-me e punham-me fóra... Depois não tinha mais para onde ir ... Eu cá tive um filho...
As mulheres callaram-se. Não ha ruido. Ellas proprias sonham. Em torno da meza, na cosinha saqueada, bebem sem palavra o vinho quente. Algumas pensam decerto n'um lar e bebem as lagrimas que cahem no vinho e o gelam. A esta hora a minha mãesinha ha-de por força pensar em mim... começa uma. E tu porque não foste consoar com ella? Punham-me fóra! queriam-me lá!... Meu pae, meus irmãos...
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