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Que do seu coração já possessora Não fosse a virgem, suspeitavão muitos; No em tanto d'infinitos requestada, E a nenhum acolhendo, persistia De todo o laço conjugal isenta A juvenil Francina: e desde o instante Em que das Adriaticas paragens Se retirou Lanciotto a pagãos climas, O sorriso expirou nos labios d'ella; Meditabunda e pallida tornou-se; Confissões amiudava, e já não era Tão vista em mascaradas e assembleas; Ou, se lá ia, os olhos seus descidos Avassalavão, n'um volver furtivo, Mil corações de balde suspirosos: Nenhum objecto contemplava attenta; Não punha em atavios tanto apuro, Nem já tão terno desprendia o canto; Seus passos, bem que leves, o erão menos Que os dos parceiros seus, a quem na dança Colhia absortos o raiar d'aurora.
D'aquelles muros no recinto havia Uma donzella, cuja mão formosa Elle obter pertendia apesar mesmo Do inexoravel pai, que, furibundo, Aos rogos lha negou, quando Alp outr'ora, Chamando-se Lanciotto, o bafejavão Tempos melhores, mais propicios fados; E sem nota e sem crime de perfidia, Aos palacios, ás góndolas levando Alegria vivaz, se assignalava Nos Carnavaes, ou resoar fazendo Sobre aguas do Adria esses descantes meigos Que alvoroçadas de prazer escutão Á meia-noite as Italas donzellas.
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