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Pelos fins de dezembro, em vesperas de Natal e de Anno-Bom, encontrei-me um bello dia, sem bem saber porque, vagabundeando no cemiterio dos europeus em Kobe, o velho. O velho, porque ha um cemiterio novo que se estreou ha pouco tempo, e onde até agora se reuniu coisa de meia duzia de inquilinos; está este situado longe da cidade, n'um declive de collina, amplo, com bellos horisontes em redor.

desabrocham os junquilhos, as camelias. Vão desabrochar a wistaria, as azaleas, os lirios, os iris, os narcisos, os convolvulos, as peonias, a legião vegetal. As ameixieiras, por aqui pelas cercanias de Kobe, vão vêr-se ao pittoresco oiteiro de Okamoto, ou a Suma, no dominio d'um templo famoso.

De um lado alinham-se as casinhas japonezas, entre ellas as mais famosas chayas de Kobe, Tokiwa e outras, onde os japonezes vêem folgar; do outro lado, é a rampa ingreme, coberta de pinheiros, e sóbe a collina inculta, em corcovas accidentadas, onde assenta um templo notavel. Nas chayas, segundo o costume, havia festa.

Para o caso de Kobe, dirigiram-se logo desde o inicio as picaretas e as enxadas para a montanha de Nunobiki, onde a agua jorrava em manancial sem fim; e, á força de braços e de dynamite, no intuito de encaminhar a torrente aos reservatorios da empreza, fez-se um desbarato tal, abatendo as arvores, cortando as rochas, cavando a terra, que todo o enlevo do sitio desappareceu, a paisagem tornou-se em ruinas.

Pois muito bem. Sabe-se que em materia de progresso material o Japão anda a galope. Lembraram-se ha pouco estes senhores de constituir uma empreza para a distribuição da agua aos domicilios, em Kobe. A idea não é nova: Yokohama, Osaka, Nagazaki e certamente outros centros, gosam de instituições da mesma especie.

Ha alguns dias, na cidade de Kobe, poderia precisar o dia, e quasi a hora, se tamanho rigorismo me exigissem, irrompeu a Primavera. Irrompeu: não ha sombra de exagero no vocabulo. Irrompeu, surgiu d'um pulo, fez explosão.

Não haverá ninguem, imagino, que, tendo passado em Kobe, não conheça Nunobiki, a cascata.

Vem de Uji e de outros pontos, tal como os japonezes o preparam, para as firmas estrangeiras de Kobe e de Yokohama; é entäo submetido a novas operaçöes, ao sabor do fino paladar de Nova-York e de Chicago.

Mais adeante, as urnas de charão que serviram ao supplicio, alinham-se n'um altar, e ainda se distinguem manchas negras, do sangue derramado. Como eu dizia ha pouco, os annos passaram sobre os factos e esfriaram os rancores. N'estes dois cemiterios, de Kobe e de Sakai, nem existe sequer o dos ossos, existem legendas.

Eu conheço uns poucos d'esses brutos, mas tenho mais intimas relações com o de Nanko, um templo aqui em Kobe, celebre, dedicado á memoria de Kusunoki Masashige, que foi um nobre guerreiro e patriota. No amplo santuario do templo estabeleceu-se uma feira permanente, dia e noite, mas principalmente de noite, atractiva e frequentada por passeantes e devotos.

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