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Atualizado: 25 de junho de 2025
Kalikodu era o emporio commercial da costa do Malabar, e os dominios do seu rajah formavam o chamado reino de Kanará.
Na pequena ilha de Manaar, junto a Ceylão, carregavam-se as perolas e aljofares; em Atchin, na Sumatra, o benjoim; das ilhas Malajas trazia-se o ambar; e Ceylão exportava elephantes, por Jafanapatan. Katchi contribuia com os angelins, tekas e couramas; toda a costa com a pimenta, e com o gengibre o Kanará. Nas ilhas de Sunda, Madurá fornecia o salitre, Solor o pau, e Bornéo dava a camphora.
Além dos preciosos carregamentos, além dos lastros de arroz do Kanará para mantimentos, e de pimenta que era um estanco régio, as náus da corôa levavam, de Diu, de Hormuz e de Malaka, as grossas quantias de dinheiro que n'esses tres pontos estrategicos se cobravam, pelos cartazes que ahi compravam os navios mercantes.
A Goa vinham de toda a parte embaixadas e tributos; todos os principes queriam a amisade do portuguez, e a seus pés arrastavam a corôa os rajahs de Ahmednagar e de Kambai, de Vijajapur e de Narsinga, o shah da Persia e os sultões de Sião, do Pégu, do Arakan; e até o proprio Hidalcão, o adil-shah do Kanará, consentindo a fortaleza de Kalikodu, comprada com tanto sangue, seguia o exemplo do Gujerât, do Konkana, do Karnataka e de Bengala.
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