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Atualizado: 9 de setembro de 2025
Quizeram agarrál-o, fazendo cócegas na toca de rato com palhinhas como é de uso fazer-se aos grillos, mas perderam o tempo e o feitio, pois que João-Pequenino cada vez se mettia mais para dentro da toca, e a noite visinhava-se, de modo que foram obrigados a ir para casa, fulos e com as mãos a abanar. Quando já iam longe, João-Pequenino saiu do improvisado esconderijo.
Eu lhes digo! dirigiu-se lhes a voz invisivel. Quem está ahi?! gritou um dos ladrões verdadeiramente aterrorizado Ouvi uma voz! Calaram-se para escutar, quando João-Pequenino se tornou a ouvir: Tomem-me á sua conta, que eu os ajudarei n'essa piedosa tarefa. Onde é que estás? Procurem na arvore, no sitio d'onde parte a voz.
O camponez, certo dia, apromptava-se para ir cortar madeira á matta visinha e disse para comsigo: Bem precisava eu de quem me conduzisse a carroça. Pae gritou João-Pequenino eu guio a carroça, se quer; não se assuste que chegará a tempo. O homem desatou a rir: Isso é impossivel! Se és tão pequenino, como has de segurar a redea ao cavallo? Isso não faz ao caso, pae!
Em seguida com faca e tesoura abriu a barriga do lobo d'onde saltou lesto o nosso sympathico João-Pequenino. Não pódes calcular, filho, exclamou o pae os sustos que temos tido com a tua sorte! Acredito, pae... mas olhe, eu fartei-me de correr mundo; felizmente que já vejo a luz do dia! Onde tens tu estado? Ora, onde tenho estado!
E assim o experto João-Pequenino lhe deu os signaes certos da casa do pae. O lobo não quiz ouvir mais, nem se fez rogado, nem se quer foi preciso dar-lhe o recado mais d'uma vez; metteu-se pela cosinha e comeu á tripa-fôrra. Quando, porêm, quiz sair, foi-lhe impossivel. Tirou o ventre de miserias, de tal maneira que não houve meio de passar pelo cano.
O rapazito viu-se em pancas para se desenvencilhar do mal-cheiroso sitio em que se conservava, e apenas conseguiu ter a cabeça desembaraçada, uma nova desgraça o veiu ferir, uma aventura inesperada. Um lobo esfaimado atirou-se ao estomago da vacca, e, chamando-lhe um figo, enguliu-o d'uma assentada. João-Pequenino não descoroçoou. Talvez pensou com os seus botões este lobo seja sociavel.
Assim que João-Pequenino avistou o pae, gritou: Então, pae, guiei ou não guiei a carroça? Agora põe-me no chão. O lenhador, segurando com uma das mãos a redea, serviu-se da outra para tirar de dentro da orelha do cavallo o rapazito a quem pôz no chão; o rapazinho sentou-se n'um feto.
O terror apoderou-se então do padre, que suppondo a vacca enfeitiçada, ou que tinha o diabo mettido no corpo, disse que era preciso dar cabo d'ella. Abateram-n'a, e o estomago, onde o pobre João-Pequenino se via prisioneiro, foi lançado para o estrume.
Por via d'isso toda a parentella lhe ficou chamando João-Pequenino. Crearam-n'o tão bem quanto puderam; não cresceu mais, ficando sempre do mesmo tamanho em que nascêra. Era muito vivo, muito esperto; e tinha uns olhitos muito brilhantes; e bem cedo mostrou o tino e actividade sufficientes para levar a bom-effeito qualquer empreza a que se abalançasse.
João-Pequenino que tudo previra começou a fazer um grande barulho no corpo do lobo, aos pulos e em altos gritos; o lobo pedia-lhe: Vê lá se estás quieto! Tu assim acordas meio mundo! Deixa-me cá... Tu comeste até que te regalaste; agora sou eu que me divirto a meu modo! e continuou a gritar tanto quanto podia.
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