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Atualizado: 11 de outubro de 2025


Gad emergiu da sua oração com um salto de fera, apertou em tôrno dos rins a corda de nós, e correu arrebatadamente, com o capuz solto, espalhando em redor o sulco louro dos seus cabellos revoltos.

Agarrei anciosamente o hombro de Topsius, amparando-me ao seu saber forte e á sua auctoridade... O meu douto amigo parecia enleado n'uma pesada incerteza: Sim, talvez... O nosso coração é forte, mas... Além d'isso não temos armas! Vinde commigo! acudiu Gad, ardentemente. Passaremos por casa d'alguem que nos dirá as coisas que convém saber, e que vos dará armas!...

E ensinou-as o teu amigo Iokanan, a quem chamaes o Baptista, que acabou tão miseravelmente n'um ergastulo de Makeros... Iokanan! exclamou Gad, estremecendo, como rudemente acordado da suavidade d'um sonho. Os seus olhos brilhantes humedeceram. Tres vezes, curvado para o chão, com os braços abertos, repetiu o nome de Iokanan, como chamando alguem d'entre os mortos.

Assim eu pensava, debruçado sobre o muro, olhando Jerusalem quando no terraço surgiu, sem rumor, uma fórma envolta em linhos brancos, espalhando um aroma de canella e de nardo. Pareceu-me que d'ella irradiava um clarão, que os seus pés não pisavam as lages e o meu coração tremeu! Mas d'entre os pallidos panos uma benção sahiu, grave e familiar: Que a paz seja comvosco! Ah! que allivio! Era Gad.

O homem recuava, baixando a cabeça, como um animal encurralado á força: Não fui eu! Eu sou Rephrahim, filho de Eliesar, de Ramah! Sempre todos me conheceram são e forte como a palmeira nova! Torto e inutil eras tu como um sarmento velho de vide, cão e filho d'um cão! gritou Gad.

Assim diante de mim fallou Osanias, filho de Beothos, e membro do Sanhedrin. Então o magro historiador dos Herodes, cruzando com reverencia as mãos sobre o peito, saudou tres vezes aquelles homens facundos. Gad, immovel, orava. No azul da janella uma abelha côr d'ouro zumbia em torno da flôr de madresilva.

Mas calou-se: e, como se o pateo fechado sob o céo negro não fosse bastante secreto e seguro, tocou no hombro de Gad, e sem um rumor dos pés nús recolheu á escuridão mais densa sob a varanda, até ás pedras do muro. Nós, rente a elle e mudos, tremiamos de anciedade: e eu senti que uma revelação ia passar, suprema e prodigiosa, alumiando os Mysterios.

E recolhia lentamente, sem um rumor, quando Gad, erguendo a face, o chamou através dos seus soluços: Escuta ainda! Grande é o Senhor, na verdade!... E o outro tumulo, onde as mulheres de Galilêa o deixaram, ligado e envolto em panos, com aloes e com nardo? O homem, sem parar, murmurou, sumido na treva: ficou aberto, ficou vazio!...

E Osanias escarnecia a simplez de Gad: Em verdade, que aprendeis vós outros, Essenios, no vosso oasis d'Engaddi? Milagres! Milagres até os pagãos os fazem! Vai a Alexandria, ao porto do Eunotos, para a direita, onde estão as fabricas de papyros, e vês Magos fazendo milagres por um drachma, que é o preço d'um dia de trabalho.

Era Gad, rouco d'indignação, clamando contra um homem esgrouviado, de barba rala e ruiva, com grossas argolas de ouro nas orelhas, que tremia e balbuciava: Não fui eu, não fui eu... Foste tu! bradava o Essenio, estampando a sandalia na terra. Conheço-te bem. Tua mãi é cardadeira em Capárnaum, e maldita seja pelo leite que te deu!...

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