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a mão, que não aperta Grilhão de escravo, disperta Na arte tal magestade, Tal sentir e tal verdade Vêde essa fronte inspirada Do artista, allumiada Ao clarão da liberdade! Estes versos appareceram pela primeira vez publicados com o pseudonymo de Carlos Fradique Mendes. Estranha apparição Que em minhas noites vejo, Ó filha do desejo! Ó filha da soidão!

Por um lado leva a escutar ás portas e pelo outro a descobrir a America!» O saber historico de Fradique surprehendia realmente pela amplexidade e pelo detalhe. Um amigo nosso exclamava um dia, com essa ironia affavel que nos homens de raça celtica sublinha e corrige a admiração: «Aquelle Fradique!

O segundo d'estes casamentos, que não havia de realisar-se, mas que chegou a ser definitivamente pactuado e jurado pelo Rei Castelhano, a 19 de janeiro de 1377, era o de Dom Fradique, filho natural d'este ultimo, com a filha de Dom Fernando e de Dona Leonor Telles, a Infanta Dona Beatriz, que mais tarde havia de ser entregue ao proprio primogenito e successor do Rei de Castella, com o direito da Successão Portugueza.

S. exc.^a tinha mesmo ajuntado: «Não, senhor! não, senhor! Ha de entrar livremente, com todas as honras devidas a um classico!» E logo de manhã Pentaour deixaria a Alfandega, de tipoia! Fradique riu d'aquella designação de classico dada a um hierogrammata do tempo de Ramèzes e Vidigal, triumphante, abancando ao piano, entoou com ardor a Grã-Duqueza.

E apesar de Vidigal me ter contado que Fradique festejára os «trinta e tres» em Cintra, pela festa de S. Pedro, eu sentia n'aquelle corpo a robustez tenra e agil de um ephebo, na infancia do mundo grego. quando sorria ou quando olhava se surprehendiam immediatamente n'elle vinte seculos de litteratura.

Ás duas, religiosamente, depois da missa! Bateu-me o coração. Por fim, com um esforço, como Novalis no patamar d'Hegel, afiancei, pagando os sorvetes, que ao outro dia, ás duas, religiosamente, mas sem missa, estaria no portal da Havaneza! Gastei a noite preparando phrases, cheias de profundidade e belleza, para lançar a Fradique Mendes! Tendiam todas á glorificação das Lapidarias.

A influencia d'este «feminino» foi suprema na sua existencia. Fradique amou mulheres; mas fóra d'essas, e sobre todas as coisas, amava a Mulher. A sua conducta para com as mulheres era governada conjuntamente por devoções de espiritualista, por curiosidades de critico, e por exigencias de sanguineo.

Repetiram-se todas as definições de Arte, enunciadas desde Platão: inventaram-se outras, que eram, como sempre, o phenomeno visto limitadamente através d'um temperamento. Fradique conservou-se algum tempo mudo, dardejando os olhos para o vago. Certamente, não conheço mais completa definição d'Arte!

Ou por uma conclusão da sua philosophia, ou por uma inspiração da sua natureza Fradique, perante o peccado e o delicto, tendia áquella velha misericordia evangelica que, consciente da universal fragilidade, pergunta d'onde se erguerá a mão bastante pura para arremessar a primeira pedra ao erro. A sua bondade, porém, não se limitava a esta expressão passiva.

E o ultimo companheiro da minha mocidade que se relacionou com o antigo poeta das Lapidarias foi J. Teixeira d'Azevedo, no verão de 1877, em Cintra, na quinta da Saragoça, onde Fradique viera repousar da sua jornada ao Brazil e ás republicas do Pacifico. Tinham ahi conversado muito, e divergido sempre.

Palavra Do Dia

anhon

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