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Atualizado: 22 de maio de 2025
Mais de um rugido de paixão leonina estruge na adêga esconsa, á luz fumenta dos candis, emquanto a tia Camêlla despeja do pichel um gorgolão vermelho de phalerno: Venho pedir-te o retrato Que te dei por amisade: Não quero servir de ornato Nos alcouces da cidade. Quero laval-o nas ondas, Que gemem na praia agreste, D'aquellas manchas hediondas Dos beijos que tu lhe déste.
Tal é, rapidamente tracejado, o perfil lendario de João Penha bohemio, do poeta da alegria e da mocidade, que improvisava nas tascas do Homem do gaz, do Varão do Luxemburgo, do Conselheiro Rodrigo, e da Tia Maria Camêlla. Mas esse improvisador errante, que a borga arrastava de taberna em taberna, não descalçava nunca as luvas, nem para beber, nem para cantar.
Os seus versos, as suas anecdotas de bohemio noctivago correm ainda hoje na tradição universitaria, impregnados d'esse fugitivo sachet de vida antiga, que é a gloria melancolica dos velhos e o ideal ambicioso dos novos. A baiuca da Camêlla, sem elle, ficou solitaria como um templo vasio.
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