United States or Mozambique ? Vote for the TOP Country of the Week !


Depois de duas horas de discussão, ora calma ora ruidosa, ficou decidido que Ronquerolle acceitaria a candidatura que lhe era offerecida, que Branche, Didier e Maupertuis deixariam Paris durante o periodo eleitoral, e que iriam a Saint-Martin auxiliar o seu amigo, e que, sendo necessario fundariam um jornal de combate.

Entretanto, o que mais desejavam era vel-o porque tinham a dar-lhe uma importante noticia. Estes rapazes chamavam-se Jayme Maupertuis, Feliciano Didier e Emilio Branche. Eram, como Maximo Ronquerolle, poetas, jornalistas e politicos. Pobres, quasi desconhecidos, procuravam ser alguma coisa e para esse fim corriam em busca da fortuna e da gloria. Todos os quatro eram republicanos.

Chegados ao café os tres amigos de Ronquerolle, receberam a carta que este ali lhes deixara encarregando-se da sua leitura Maupertuis, que do seu contheudo deu conhecimento aos seus companheiros Didier e Branche. Vamos depressa! disse Branche, que tinha por Maximo uma verdadeira adoração.

Sentia-te perto de mim. Os que amam verdadeiramente teem presentimentos que jámais os enganam. Além d'isso, eu vi os teus amigos atravessarem a rua Vaugirard. A sua presença confirmou a tua. Eu sabia quanto sois inseparaveis. Tu não estavas de certo longe, visto que me apparecia Branche, Didier e Maupertuis. O novo deputado demorou-se bastante tempo junto de Emilia.

Um quarto de hora depois, os quatro amigos achavam-se reunidos em casa de Maximo Ronquerolle, que habitava no «boulevard» Montparnasse. sabes da novidade? perguntou Maupertuis. Qual novidade?! disse Ronquerolle surprehendido. Sahiu o decreto. Um decreto!? Pergunta a Didier e a Branche!

Em toda a parte se fallava d'elle; na pharmacia, na praça, na fonte, e em frente da «mairie» formavam-se grupos, dizendo cada um o que lhe appetecia. Por uma necessidade natural de se encontrarem juntos os republicanos de Saint-Martin foram todos para os lados da «Poule Blanche». O presidente Kolri discursava a uma grande mesa cercado de Ronquerolle, Branche, Didier e Maupertuis.

Meus meninos, disse Branche, para terminar a conversa, é muito bonito fallarmos das nossas amantes, contar as suas phantasias, mas nós não viemos aqui para nos divertirmos. Temos ainda trabalho a fazer, interrompeu Ronquerolle. Venham pennas, papel e tinta e appareça o que ha de melhor no nosso cerebro. O primeiro numero do nosso jornal, o «Reveil de Saint-Martin», deve apparecer depois d'amanhã.

Encontrava vivas, nas palavras do fino e amoroso Didier, as tiradas apaixonadas que a faziam quasi chorar nos seus livros. Branche, pelo seu lado, tinha levado a linda mulher do notario até ao precipicio encantador mas perigoso das confidencias amorosas. Eram onze horas quando chegou o barão «des Quérelles». Desbroutin tinha-o convidado verbalmente e sem ceremonia.

Voces bem comprehendem, que não podemos preocupar-nos com saias durante o periodo eleitoral. Poderiamos talvez, interrompeu Maupertuis, envial-as para casa de seus paes! Tu falas bem! tornou Branche; infelizmente ignoramos a sua morada. Porém, Ronquerolle, accrescentou Maupertuis, não poderá, tão facilmente como nós, desfazer-se da sua amante. Trata-se d'uma ligação séria.

Uma formidavel gargalhada saudou a arrogante phrase de Emilio Branche, e o proprio Ronquerolle foi obrigado a acompanhal-a olhando o seu amigo.

Palavra Do Dia

lodam

Outros Procurando