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Belchior não cessava de chorar, e de vez em quando, por entre soluços, articulava palavras que a tecedeira, um tanto surda e de todo alheia dos amores do rapaz, não percebia. Não chores, moço! insistia a velha, repetindo o expediente de vender a casa; e Belchior, por fim, obrigado a explicar-se, rompeu n'esta exclamação: A Maria Ruiva está perdida e desgraçadinha!

As suspeitas do conego fortaleceram-se. Esta carta era uma despedida na sua opinião. Reflectiu se devia entregar-lh'a, ou lêl-a. Perpetua animou-o a abril-a, visto que a intenção era evitar algum desgosto mortal á infeliz menina. O conego leu a carta; e ficou satisfeito da sua temeridade. Não se lhe mostra esta infame carta disse elle. Era capaz de morrer a desgraçadinha! accrescentou a irmã.

Foram elles... Esses que m'a tolheram de mêdos, que lhe roubaram as alegrias... que fizeram d'ella isto que ahi vêdes... Pois não a conheciam? Não a tinham visto ahi nos campos, nas novenas e nas festas?... Viram-n'a nunca com estas côres desmaiadas? viram-n'a sem aquelles cabellos louros, que tão bem lhe ficavam? e que elles cortaram sem piedade? E querem-te ainda guardar, desgraçadinha!

Olha que muitos que se dizem realistas, e o applaudem e a outros que taes, é por medo d'essas viboras, que se vingam nos inermes, e fogem a sete pés dos que estão armados. Maria abraçou-se a ella, chorando: Perdôe-me, D. Anna, mas como lhe hei de querer, se me tem tratado cruelmente, se torturou a desgraçadinha, se lançou João no horrôr da guerra...

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