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Com oito dias de antecedencia tinha-se espalhado com profusão pela cidade, collado aos vidros das portas dos armazens de musica, pendurado em quadros ás esquinas das ruas, o retrato lithographado de mademoiselle Eva d'Avenay. Um dia, o corcunda, passeando depois do jantar, como costumava, pela rua do Oiro, erguendo a cabeça, deu, de subito, com um d'aquelles retratos na loja d'um livreiro.

Mademoiselle d'Avenay cantou tres vezes n'aquella noite e o delirio crescendo sempre! Agradecia muito reconhecida, pondo a mão no peito, fazendo ranger a seda do vestido. os musicos se tinham retirado, o illuminador começava fechando as torneiras do gaz e ainda novas ovações eccoavam na sala.

A respiração do corcunda era um apitosinho. Instantes depois, corria-se uma cortina e encaminhava-se para o palco mademoiselle d'Avenay. Houve um sussurro admirativo. Muita gente ergueu-se. Ouviram-se vozes: Abaixo! Ella, no palco, sorria impassivel, cumprimentando o publico, olhando em volta, muito serena. Alguns enthusiastas davam palmas.

Mademoiselle d'Avenay, toda embrulhada em rendas brancas, sahia do camarim muito risonha, conversando com uma velha, que a acompanhava. Levantou-se. Ella tinha de passar por ali e elle tremia. Quasi sem forças, desvairado, mal poude pronunciar: Bravo! Bravo! Ella parou um pouco assustada.

O regente olhou para todos os musicos, demorou-se um instante e depois, descrevendo com a batuta um quarto de circumferencia, fez signal ás rabecas, que logo começaram tocando muito piano, em unisono. Era com certeza mademoiselle Eva d'Avenay quem ali attrahia a maior parte dos espectadores.

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