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Ora é êste poder de interpretação que se chama a apercepção. A inteligência depende da apercepção, da maneira porque se interpreta. Quem interpreta por uma maneira inadequada

Vêem portanto quanto interessa o estudo da apercepção. Leiam particularmente sôbre esta o que vem da pág. 430

Seja como fôr, o que lhes quero acentuar é que o estudo da psicologia e em particular o da apercepção, que será o objecto principal do nosso curso dêste ano, tem muito a ganhar iniciando-se pelo estudo da influência das condições orgânicas neste fenómeno, e mais particularmente ainda pelo estudo da influência que tanto na forma do processo aperceptivo, como na maneira por que se interpreta, como na natureza dos conhecimentos que se utilizam, influi o tipo fisiológico da criança, as suas tendências inatas, a sua constituição, o seu temperamento, e a fase do crescimento em que se encontra.

Como que , como Bergson tambêm diz, uma tendência constante do passado a reconquistar a sua influência, actualizando-se. Dir-se-ia que o génio não tem passado. Vejam quão longe nos leva, e interessante e vasto é êste tema da inteligência e da apercepção.

A interpretação ou apercepção depende de uma série de condições que, como verão em James, Lewes denominou a soma das condições psicoestáticas: a natureza do indivíduo, o seu carácter, a sua experiência, a sua educação, os seus hábitos, o seu humor, etc. A apercepção é uma faculdade intelectual contingente, que depende dos mais variados factores, desde, os mais materiais aos mais espirituais, desde as necessidades do corpo

Para isso carece de saber de que depende a apercepção e como nela se pode influir; como afinal dar ao indivíduo a noção mais conforme com a natureza do meio social. O problema do educador é o problema da felicidade, que como diz Deschamps se pode chamar uma «harmonia psico-social, uma adaptação completa dos desejos aos poderes e dos poderes ao meio

Esta influência do organismo na apercepção, de que lhes tenho estado a falar, esta influência do condicionalismo fisiológico na interpretação das circunstâncias e na adaptação a elas, é uma influência do passado no presente, é a hereditariedade a comandar-nos, é, pode dizer-se a tradução fisiológica do mote que tantos têm glosado: os mortos mandam.

Não imaginem, porêm, que apesar da linguagem de subjectivo que venho empregando, se não pode tambêm em linguagem de objectivo, ia dizer em linguagem scientífica, em termos das sciências experimentais, não imaginem que se não podem tambêm interpretar, adoptando uma concepção mecânica da vida, estes fenómenos da apercepção e da inteligência, própriamente dita.

Palavra Do Dia

entristecia-se

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