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Atualizado: 12 de maio de 2025
Debaixo de seus ramos largos dias Abrahão repousou. Na primavera Vinham os moços adornar-lhe o tronco De capellas cheirosas de boninas, E coreias gentis traçar-lhe em roda. Nasceu com o orbe a planta veneravel, Viu passar gerações, julgou seu dia Final fosse o do mundo, e quando airosa Por entre as densas nuvens se elevava, Mandou o Nume aos aquilões rugissem, Ei-la por terra!
Ide vós a Mambré: lá, bem no meio De um valle, outrora de verdura ameno, Erguia-se um carvalho magestoso: Debaixo de seus ramos, largos dias Abrahão repousou: na primavera Vinham os moços adornar-lhe o tronco De capellas cheirosas de boninas, E corêas gentis traçar-lhe em roda.
Samodães e de seguirem docilmente, como a um cornáca, ao festejado e festeiro meu caro Lencastre dos vivas e das viajatas... Que enorme distancia moral entre 1890 e 1909! Mas agora reparo que já vae longa esta prefação, bem mais longa do que minha intenção era ao traçar-lhe as primeiras linhas.
«Na primavera Vinham os moços adornar-lhe o tronco De capellas cheirosas de boninas, E coreias gentis traçar-lhe em roda,» ; e o quadro captivou-o um rapido instante. Que encanto de formosura, perfume e gentileza e côr! Outros eram, porém, os enlevos do poeta, que não esses, candidos, sem duvida, na sua graça, mas fugitivos e pereciveis, de perto vigiados pela enfermidade e pela corrupção.
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