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Voltei para casa, pesado e pensativo. Ao jantar, Camilloff, desdobrando o seu guardanapo, pediu-me com bonhomia as minhas impressões de Pekin. Pekin faz-me sentir bem, general, os versos d'um poeta nosso: Sôbolos rios que vão Por Babylonia me achei... Pekin é um monstro! disse Camilloff oscillando reflectidamente a calva.

Uma coisa porém era evidente, e n'ella concordaram Camilloff, o respeitoso Sá-Tó e a generala: que, para frequentar a familia Ti-Chin-Fú, seguir os funeraes, misturar-me á vida de Pekin, eu devia desde vestir-me como um chinez opulento, da classe letrada, para me ir habituando ao traje, ás maneiras, ao ceremonial mandarim...

E eu christão, asylado n'um convento christão, tendo á cabeceira da cama o Evangelho, cercado d'existencias que eram incarnações de Caridade não podia partir do Imperio sem restituir áquelles que despojára, a abundancia, esse conforto honesto que recommenda o Classico da Piedade Filial... Então escrevi a Camilloff.

Camilloff enviava-me um poney da Manchouria, ajaezado de sêda, e um cartão de visita, com estas palavras traçadas a lapis sob o seu nome: «Saúde! o animal é dôce de bocca

Porque não ficaria alli, n'aquelle amavel Pekin, comendo nenufares em calda d'assucar, abandonando-me ás somnolencias amorosas do Repouso discreto, e pelas tardes azuladas, dando o meu passeio pelo braço do bom Meriskoff, nos terraços de jaspe da Purificação ou sob os cedros do Templo do Céo?... Mas o zeloso Camilloff, de lapis na mão, ia marcando no mappa o meu itinerário para Tien-Hó!

Sob um peristilo feito de madeiros pintados a vermelhão, aclarado por fios de lampadas de papel transparente, esperava-me um membrudo figurão, de bigodes brancos, apoiado a um grosso espadão. Era o general Camilloff. Ao adiantar-me para elle, eu sentia o passo inquieto das gazellas fugindo de leve sob as arvores...

Interpellei então Sá-tó, que quasi desmaiava, arrimado a uma viga: nós estavamos sem armas; os dois cossacos, sós, não podiam repellir o assalto: era necessario pois ir acordar o Mandarim governador, revelar-lhe que eu era um amigo de Camilloff, um conviva do principe Tong, intimal-o a que viesse dispersar a turba, manter a lei santa da hospitalidade!...

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