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Depois, seguidos das mamãs, vieram entrando todos os outros figurões da romantica chronica, cavalleiros de cinco annos armados e emplumados, mongesinhos nedios, bispos quasi de mama com os seus baculos nos braços, bardos rabugentos, mesteirais vestidos de seda, e fadas mais lindas que as fadas.

Podesse eu ter, ó pallida Dolores, Do sangue d'ella trasbordando o calix!... Era um rebanho vil; nós, os pastores, E a Realeza era o canis pastoralis... Tornou-se livre e audaz; mitras, diademas, Báculos, sceptros, esmagou n'um'hora! Quebrou, raivando, as solidas algemas, E a fronte, ergueu, sem medo, á luz da aurora! Mas que aurora, mulher! que vasto incendio Nos sombrios dominios do passado!

Os bastões pastoraes mais antigos eram de duas fórmas diversas: havia o bastão em fórma de muleta e o bastão em voluta. O cabo ou travessa ordinariamente de marfim é todo esculpido. Os baculos de voluta que ainda hoje existem, datam do XII seculo. A fórma que tinham antes d'esta epocha sabe-se pelas esculpturas, pinturas e miniaturas.

Era uma comprida fila que se perdia nas corcôvas da estrada. As confrarias, os conventos mandaram os irmãos e os frades, com as insignias. E áquelle radioso sol d'agosto, que punha na athmosphera uma tremura, tudo resplandecia, como uma apotheose. Brilhavam as lanças, brilhavam os ouros, brilhavam os báculos e sobretudo refulgiam as insolitas pedrarias dos bispos, caminhando magestosos e tristes.

Não nos parece que se encontrem Bispos empunhando o baculo em monumentos cuja data seja anterior ao ultimo quartel de X seculo. No seculo XII e até mesmo durante a ultima metade do seculo XI, é que se começaram a usar os baculos de voluta. São tambem d'esta epocha os bastões de metal ornados de pedrarias d'esmaltes e filigranas.

Algumas volutas, sem duvida, trazem ainda n'esse tempo na extremidade, uma cabeça de dragão ou serpente, mas essa cabeça fica inteiramente separada ou invez não ao Cordeiro nem sobre uma personagem ou sobre uma scena religiosa. Em um grande numero de baculos a cabeça da serpente é substituida por um ramo de folhagens ou por uma flôr aberta.

Attribue-se geralmente aos baculos pastoraes e a todas as suas differentes partes, uma significação symbolica. O baculo representa o bordão do Pastor espiritual; do Bispo na sua diocese e do abbade no seu mosteiro.

A voluta de quasi todos os baculos do XII seculo termina por uma cabeça de serpente ou de dragão encimada por uma cruz, ou lutando com o Divino Cordeiro armado com o signal da redempção. As volutas terminando em florão são por emquanto raras n'esta epocha, assim como tambem aquellas que têem representadas scenas historicas.

Á frente, os cardeaes com as suas purpuras roçagantes; depois os bispos inglezes, os de Gand, de Tournay, de Namur, appoiados aos seus baculos, e os sacerdotes do rito armenio, de grandes barbas, chapeus altos sem abas com veus roxos, empunhando as suas longas bengalas de castão de ouro.

Quando, proximo ao fim do XIII seculo, os detalhes de architectura substituiram-se as peças de ourivesaria, e a decoração foi buscar aos reinos animal e vegetal, real ou phantastico, os baculos mudaram egualmente de aspecto. Ornaram-se então de nichos, estatuasinhas, flechas e pinaculos. O principalmente, e tambem a hostia, ficaram sobrecarregados com estes ornatos. Estofos preciosos.

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