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Paulo! disse o padre Filippe, fundamente commovido és ainda muito novo para te preoccupares com assumptos que, por emquanto, devem permanecer envoltos no véo do mysterio que os encobre aos teus e aos meus olhos. Eu nada te posso dizer, filho.

«As tuas proezas e infamias teem echoado até n'esta fria morada dos mortos! «Estás pondo tudo em pratica, teus crimes e vicios, n'essa terra abençoada para onde fostes ganhar o pão... o pão para ti e para tuas duas filhas... «O que tens feito para essas infelizes? Nada! Fizeste-te corretor de infamias... apenas! «Julgava-te regenerado e enganei-me!

Lausanna, junho, 1896. Que saudades! Diogo Bernardes deste meigo Lima. Na solidão, pensar em ti, anima, Oh Coimbra sem par, flôr das Cidades! Alegres cantam nos teus arrabaldes. Por mais que tire vêm cheios os baldes, Mar de recordações, poço sem fundo! Freirinhas de Tentugal, passos lentos! E o chá com bolos, dentro dos conventos! Meu Deus! meu Deus! e eu sempre a errar no Mundo!

E tu, ó irascivel, ó atrevido, ó petulante, que pareces arder e fazes arder a gente, que te dás a conhecer em toda a parte pela rudeza agreste de teus gestos e palavras, tu, a não seres o petulante, o atrevido, o irascivel que és, tu serias malagueta.

Eras um paiz que mantinhas o esplendor da tua individualidade sem fechares a porta á invasão dos progressos moraes e materiaes do seculo. Tinhas o teu idioma, as tuas danças, os teus cantares, os teus espectaculos. Tinhas reis como S. Fernando, poetas como Campoamor, pintores como Murillo, campeadores como o Cid, oradores como Castelar...

Falla-me, oh astro saudoso, Luz do céo, pallida luz! Que aereas visões me acordas, Que imagem, lua, recordas N'essa prateada côr? Que ha em ti, que a dôr mitiga, Que ha em ti, lampada amiga, De meigo e consolador? Escuta, pallida lua, Dá-me um sorriso dos teus, Dá-me uma lagrima tua, Se és a pupilla de Deus!

Seguir-se-hão as juvenis glorias de um talento que reflorece cada anno afim de que o cantor da Primavera não sinta na quadra final que um anno lhe passou sem flôres. Abençoado sejas da posteridade com o amor que te consagram os teus discipulos, mestre generoso que tanto mais nos amas quanto nos liberalisas as riquezas do teu espirito!

A minha amizade e a sovinice sordida dos teus amigos...

E para isso, para afugentar terrores e negrumes, para que tenhas saude, vida e amor é forçoso que tu viages, que deixes a tua aldeia e as tuas arvores, que arranjes a tua mala, que te despeças dos teus conhecidos e que partas. Nada de esperas. Quanto mais cedo melhor. O mundo é para quem caminha; e a viagem é como a sciencia, tambem um progresso. Aqui tens o teu casaco.

Se a borboleta do calix D'um lirio aos ares se ergueu, Lembras-me, estrella dos valles! Lirio do céo! Se inda um affecto em mim vive Entre os que mortos possuo, Lembras-me, sonho que eu tive! Lembras-me tu! Coimbra. Se eu fôra voraz lobo ou fera bruta D'entranhas más, instinctos deshumanos, Talvez o fructo então de teus enganos O não colhesses tu de face enxuta.

Palavra Do Dia

alindada

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