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Cuida que mora dentro Escondida uma rival, E por dar-lhe invejas solta Perfumes, que traz do val. Raivosa tolda co'as azas O liso espelho brilhante, Cospe co'as azas, raivosa, O Mondego ao seu amante. E o pobre, por si perdido, Sacode a fronte singela, Murmura um ai; mas teimoso Busca n'agua a imagem bella. Como é lindo este Mondego A brincar sobre esta arêa!

Os seus olhos deram co'as janellas do palacio, illuminadas ainda. Eram, d'uma banda, as janellas de Ruy, e da outra a lampada do oratorio, cuja porta abria sobre o quarto de dormir da senhora marqueza. Vamos! era preciso ser forte. Nossa Senhora estenderia os braços para impedir que ella se despenhasse no inferno. E pôz-se a medir a queda, esburcinada no boccal de pedra da nascente.

As linhas dos electricos brilhavam vasias e o guarda-nocturno co'as mãos nas costas, pensando talvez no almoço de depois de amanhã, fitava vagamente o zimborio mais perto da praça de touros que lhe parecia uma cabaça de dois litros e meio de tinto.

Vês aqui a vida, e a alma, e a esperança, Doces despojos de meu bem passado, Em quanto o quiz aquella que eu adoro. Nellas podes tomar de mi vingança: E se te queres inda mais vingado, Contenta-te co'as lagrimas que chóro.

Filippa de Vilhena! João Pinto Ribeiro! Palavra, que faz pena Ver o despenhadeiro Em que isto agora vae! E como o paiz cae! Agora é dinheiro. Está campando em scena Sómente o deus Milhão! Filippa de Vilhena! João Pinto Ribeiro! Palavra, que faz pena... Agora é dinheiro... E os que vão vão! Nunca tu azas tiveras, Que te elevassem ao ceu. Nunca tu voar poderas Co'as azas que Deus te deu.

As flôres do azul sorriam, Os lirios do ceu cantavam, Meus olhos te não viam, Meiga creança, e choravam. Nunca tu azas tiveras, Que te elevassem ao ceu Nunca tu voar poderas Co'as azas que Deus te deu.

Continuamente tenho o pensamento; Que quanto mais vos sólta o fresco vento, Mais preso fico então de meu cuidado; Amor, d'huns bellos olhos sempre armado, Me combate co'as fôrças do tormento, Provando da minha alma o soffrimento Que á justa lei da paz trago obrigado. Assi que em vosso gesto mais que humano Amo a paz juntamente e o perigo; E em amar hum e outro não me engano.

Em cada um dos quatro cantos do retrato estava um prego e em cada prego uma chave com fitas de sêda co'as côres nacionaes. Ella veiu fechar a janella e a senhora com avental de dona de casa voltou com outro molho de chaves ainda mais pequenas e que tambem agradecia e que tambem não serviram e que tambem paciencia.

E o écco eterno Que em vez de voz, repete os esplendores, Confuso co'as mil ondas tumultuosas Parecia tempestade de harmonia. Todo o céo se inclinava, incendiado N'uma aurora boreal prodigiosa, Vendo o truão horrivel do infinito! Foi então que o Abysmo, o triste escravo Dos senhores da luz partido, oppresso Co'a immensa dôr d'aquelle rir, não pôde Suster-se mais.

Inda ha pouco, em certa hora, Que essa chamma seductora O coração me accendeu... Se é morte esquecer a terra, Naquelle instante morria, Por que tudo o que sentia, Era a ventura do ceo! Vel-a sorrir entre os campos, Bella, candida, animada, Como as flores que a alvorada De sua luz inundou!... Vel-a, co'as mãos impacientes, Afastar do rosto bello, O basto e fino cabello, Que a aragem desalinhou!

Palavra Do Dia

esbrugava

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