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Trinta ou quarenta annos de privações, de insomnias, de abnegação, de preces, de lagrymas, tudo isso fora vão e mentido diante de Deus. Não sabemos se aquelles velhos habitos se venderam vantajosamente para a congregação.

E a tal proposito ajuntou: Vossês não façam caso do que eu disser, quando elogiar as coisas e pessoas do meu tempo. O seu tempo é a balda dos velhos, que, ao verem-se carregados de tempo, não querem que seja seu o que ninguem lhes contesta ; mas até querem que o tempo d'elles fosse a melhor quadra dos dezenove seculos que vão.

Não sejamos todos tolos; Deixai vêr os vossos rôlos De brasoens. Ninguem disse ainda ao certo Onde vão, donde vieram Os baroens. Dizem velhos alfarrabios Que os baroens da idade d'ouro Davam tapona de mouro, Fanfarroens! Nesse tempo eram crusados, Hoje fogem dos cruseiros, Os baroens. Os de então na Palestina Eram rijos e potentes; Mas os d'hoje são valentes Nos certoens.

Todos os marinheiros invisíveis a bordo dos navios no horisonte São os marinheiros visíveis do tempo dos velhos navios, Da época lenta e veleira das navegações perigosas, Da época de madeira e lona das viagens que duravam mêses.

Quanto ao mais, serviam-se da mímica animal, e ainda da comunicação oculta, da transmissão simpática do terror ou da ira. Os velhos, sem ferocidade, eram os guias. Dois deles comandavam uma vanguarda de batedores; outro, o mais velho, fechava a marcha.

D. Julio, vós estaes no caso, e todos os mais, que a historia verdadeira apascenta os doutos, adelgaça os grosseiros, encaminha os moços, ensina os mancebos, recreia os velhos, anima aos baixos, sustenta aos bons, castiga aos maus, resuscita aos mortos, e a todos fructo a sua lição. E porque esta não seja mais comprida, diga Pindaro agora a sua opinião.

Novamente em terras estranhas, com as velhas malas tisnadas ao sol de mil combates, isto é, cobertas dos rotulos dos caminhos de ferro e dos hoteis, que lhes abrem no coiro espesso grandes chagas multicôres; com essas fieis companheiras que por mim pisaram todo o calvario dos omnibus e dos wagons e soffreram ás mãos brutaes dos moços de gare, encontro velhas idéas, velhos programmas de viagem.

Os velhos canhões dormiam seu somno de bronze, dentro, nos corredores escuros como os de uma Bastilha, e a nós, estudantes de historia naval, inspiravam não sei que respeito sagrado. Perante elles falavamos baixo, como para não os acordar... A fortaleza é grande, mas tem a importancia archeologica que a historia lhe empresta; não resistiria, talvez, ás modernas baterias.

A antithese d'esses: velhos precoces, enfastiados de tudo em meninos: aventuras que não são visiveis sem lente; escandalos que Platão consideraria chôchos; concebendo Lisboa apocalypticamente, como se fôra mãe dos sete peccados mortaes e excedesse as orgias de Babylonia. Não sabe a gente, ao ouvil-os, se está no Azul se no meio do chão!

E á medida que eu voltava cada pagina sentia-me expulso do passado pela distancia e do presente pela estranheza. Quanto ao futuro... Os velhos não têem futuro. E se elle fôr o crescendo logico do dia de hoje, eu não sinto pena de o não viver e descançarei serenamente da fadiga do caminho. Fatigatus ex itinere sedebat. Lisboa, 27 de abril de 1908. O auctor El-rei D. Luiz

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