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Quantos para vão caminhando, menos pallidos que Antony, menos desgrenhados que o principe Hamlet, tão correctos que parecem philosophos ou tão pobres que parecem felizes, irremissivelmente deportados da vida pelos decretos surdos e implacaveis da desgraça!

67 Mas as agudas proas apartando Iam as vias húmidas de argento; Assopra-lhe galerno o vento, e brando, Com suave e seguro movimento. Nos perigos passados vão falando, Que mal se perderão do pensamento Os casos grandes, donde em tanto aperto A vida em salvo escapa por acerto.

Sim, o senhor Ernesto tem o quadro muito adeantado e d'aqui até setembro vão ainda quatro mezes, disse rapidamente Amparo, dirigindo ao pintor um olhar supplicante para que elle annuisse. Acceito sem vacillar, disse Ernesto, e dou as minhas razões. Preciso de um mez para concluir o meu quadro.

Nem sempre o azul ethereo Quaes flexas vão cortando, Tambem riem, voando, No chão do cemiterio! Lavam os pés rosados Nas urnas funeraes; Tu, mesmo, nos telhados Moras das cathedraes! Não fujas d'um poeta, Que ha nuvens mais sombrias! Tu moraste uns dias No nicho d'um propheta! Por tanto, tu que adoras A primavera e o Sul, Dize-me, no alto azul, Quem faz sempre as Auroras!

Meu ginete fiel, rincha orgulhoso, E os reis e os povos com teus pés esmaga. De que serve seu brilho á velha Europa? Que lhe presta o saber para salvar-se? Os turbilhões de , que hão-de sumi-la, Debaixo de teus pés vão levantar-se. Templos, palacios, leis, memorias, usos, Na correria extrema, e pisa e estraga. Meu ginete fiel, rincha orgulhoso, E os reis e os povos com teus pés esmaga.

Mas se d'esta alma triste A negra escuridão vencer quizeste, Sabe qu'em vão nasceste; Que para desfazer-se a nevoa escura De meus olhos, importa estar presente Outro sol, outra aurora, outro Oriente. Se a luz de meu Planeta, Não m'aviva, Canção, branda e quieta, Qual flor de chuva, em breve consumida, Verás desfeita em lagrimas a vida.

Poem ſe a Deoſa com outras em dereito Da proa capitaina, & ali fechando, O caminho da barra estão de geito, Que em vão aſſopra o vento, a vella inchãdo: Poem no madeiro duro o brando peito, Pera detras a forte nao forçando. Outras em derredor leuandoa eſtauão, E da barra inimiga a deſuiauão.

Em vez de amar a vida humilde, chã, callada, Do sabio estoico e são, exemplo d'inteireza, Quantas vezes cuspi no Justo e na Belleza; E cri-me o Fogo e a Luz da géração creada! Orgulho! orgulho vão! Vaidade e mais vaidade! Como disse o rei sabio e justo á claridade Dos astros da Judea e ao gyro dos planetas!... Feliz de quem como eu ri das Academias!

Ao cutélo de Astréa em vão furtaste Colo rebelde ás Leis, ó tu, cruento, Lobo nocturno, que, vibrando as garras, A mansos Cidadãos oiro, existencia De mistura usurpavas, sem que ao menos Tremesse o coração, e as mãos tremessem. Estes, mais que nenhuns, velar se devem, Estes nas feias, subterraneas sombras Para o pavor da Morte a mente ensaiem.

Em sonho, ás vezes, se o sonhar quebranta Este meu vão soffrer; esta agonia, Como sobe cantando a cotovia, Para o céo a minh'alma sobe e canta. Canta a luz, a alvorada, a estrella santa, Que ao mundo traz piedosa mais um dia... Canta o enlevo das cousas, a alegria Que as penetra de amor e as alevanta... Mas, de repente, um vento humido e frio Sopra sobre o meu sonho: um calafrio Me accorda.

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