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Negras as sobrancelhas, ajuntando-se na base do nariz mais fino e transparente que inventaram os pinceis famosos que, de seculo em seculo, apparecem para completar as formosuras que a natureza nos incorrectas. Olhos da côr dos cabellos, rasgados, nem morbidos nem vertiginosos, menos serenos que a limpidez do lago, e mais amortecidos que o vulgar dos olhos negros.

Assim, n'esta paixão que me devora, Se aos labios essas syllabas me assomam, As negras sombras da minha alma tomam Gradualmente o explendor da aurora! Toda a idéa recua um passo, Aplanam-se os dominios do futuro, E do crystal mais transparente e puro Se me arqueia a abobada do espaço!

Esse murmurar da agua corrente evocava-lhe o passado distante, a sua terra, o fiosinho de agua transparente a deslisar por entre os choupos, ao fundo da sua quinta, e aquella pequenina enseada onde se ia esconder, num desejo calmo de solidão, a olhar a agua saltando de pedra em pedra num grande esforço de quem vem exausto de longa caminhada.

Vem, como quando o raio transparente Deste nosso horizonte, qu'escondido, Deixa hum certo temor á mortal gente, Causado de ver o Orbe escurecido; E quando torna a vir claro e luzente, Alegra o mundo todo entristecido: Que assi he para mi tua luz pura Claro sol, como a ausencia noite escura. Não te quero eu a ti mais qu'a meu gado? Não sou eu mesmo aquelle que tu amaste?

142 "Mas quem pode livrar-se por ventura Dos laços que Amor arma brandamente Entre as rosas e a neve humana pura, O ouro e o alabastro transparente? Quem de uma peregrina formosura, De um vulto de Medusa propriamente, Que o coração converte, que tem preso, Em pedra não, mas em desejo aceso?

Mais longe diz: «A agua transparente d'este rio é abundante e seria sufficiente para irrigar este extenso e fertil valle, e ainda para mover moinhos, para o que a sua rapida quéda o torna muito proprio». Do Aruangua, do Revue e de todos os menores rios, affluentes d'estes, se póde em geral dizer outro tanto.

Quando sorria a infancia docemente Aos olhos infantis da minha esp'rança, Era-me o ceu azul, azul bonança Me enchia o alegre peito, ternamente. Brilhante o espaço, a aurora transparente, Brando o futuro se a illusão avança!... Assim jámais o coração se cança, Mostrando á nevoa fria um sol ardente.

Do sol se um raio ardente No mar vier cahir, Em nuvem transparente Nós vêmol-o subir! Não ha suster-lhe o rumo Que o leva para os céos, E assim é que eu presumo Voarmos nós a Deus!... O ponto é merecel-o, Que Deus é justo e pae, E eu sei com que desvelo A si os bons attrae! Mas quando eu vejo a lua, Não sei que ideia N'esta alma me insinua A luz que n'ella ha!...

Em maio de 1864 sahiram no mesmo jornal dois folhetins, creio eu, com o titulo de Cartas ao redactor do Jornal do Porto ácerca de varias coisas, rubricadas com o pseudonymo de Dianna de Avelleda. Facil foi reconhecer-se então sob aquelle véo transparente a individualidade litteraria de Gomes Coelho.

Mas de cada palavra ou gesto contrafeito Em que ella se disfarça, a alma profunda evoca Os lamentos e os ais suffocados no peito, Todos os gritos vãos que morreram na boca! No escrinio da Canção as lagrimas vertidas, Brilham sob a expressão em que a Dor se transforma, Como gotas de luz, d'olhos tristes caidas, A tremer no cristal transparente da Fórma.

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