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Soffram os bofetões, as rudes chibatadas, Os dias no porão, as algemas fechadas, Tenham do pão e agua o ephemero alimento, Tudo o que o meu poder impõe como tormento! Nem um gesto sequer de simples desagrado, Senão, se ouço gritar... verão o resultado!

Anda sempre tão unido O meu tormento comigo, Qu'eu mesmo sou meu perigo. E se de mi me livrasse, Nenhum gôsto me sería: Quem, senão eu, não teria Mal, que esse bem me tirasse? Fôrça he logo que assi passe, Ou com desgôsto comigo, Ou sem gôsto e sem perigo. Quando me quer enganar A minha bella perjura, Para mais me confirmar O que quer certificar, Polos seus olhos me jura.

Se tomo a minha pena em penitencia Do error em que cahio o pensamento, Não abrando, mas dóbro meu tormento, Que a tanto, e mais, obriga a paciencia. E se huma côr de morto na apparencia, Hum espalhar suspiros vãos ao vento Não faz em vós, Senhora, movimento, Fique o meu mal em vossa consciencia.

Onde mereci eu tal pensamento Nunca de ser humano merecido? Onde mereci eu ficar vencido De quem tanto me honrou co'o vencimento? Em gloria se converte o meu tormento, Quando vendo-me estou tão bem perdido; Pois não foi tanto mal ser atrevido, Como foi gloria o mesmo atrevimento. Vivo, Senhora, de contemplar-vos; E pois esta alma tenho tão rendida, Em lagrimas desfeito acabarei.

Andais comigo, enganos, enganados; E se o quizerdes ver, cuidai hum dia O que se diz dos bem acutilados. Onde porei meus olhos que não veja A causa de que nasce o meu tormento? A qual parte me irei co'o pensamento, Que para descansar parte me seja? Ja sei como se engana quem deseja Em vão amor fiel contentamento; E que nos gostos seus, que são de vento, Sempre falta seu bem, seu mal sobeja.

Scenas da hora final. Traducção. Porto 1878. 1 vol. Scenas innocentes da comedia humana. Lisboa 1863. edição, Lisboa 1873. 1 vol: Promessa cumprida. Tres medicos. O padre Macedo e a Zamperini. A mulher da Azinhaga. Mulheres celebres e exquisitas. O maior amigo de Luiz de Camões. Heloisa e Abeilard. A carteira de um suicida. Trezentos mil cruzados por um dente. Tormento da memoria.

Esqueço-me de tudo Que não seja o tormento indómito e agudo, Que me offusca a razão e o peito me lacéra! Perdôa. Tem piedade.

Ir-me-hei, Senhora; e neste apartamento Lagrimas tristes tomarão vingança Nos olhos de quem fostes mantimento. Desta arte darei vida a meu tormento; Que, em fim, me achará minha lembrança Sepultado no vosso esquecimento. Oh como se me alonga de anno em ano A peregrinação cansada minha! Como se encurta, e como ao fim caminha Este meu breve e vão discurso humano!

Ja diante dos olhos lhe voavão Imagens e phantasticas pinturas, Exercicios do falso pensamento; Ja por as solitarias espessuras Entre os penedos sós, que não fallavão, Fallava e descobria seu tormento.

Estes humildes versos, que pregão São destes vossos Reinos com verdade, Recebei com benigna e Real mão, Pois he devida a Reis benignidade. Senhora, s'encobrir por algum'arte Pudera esta occasião de meu tormento, Não creias que chegára a declarar-te Este meu perigoso pensamento.

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