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Segundo as tradicções que vão sumir-se Na noite secular das priscas eras: Rugiram contra ti, Homem, as feras, E as coleras do mar; Dos ceus revoltos os trovões e os raios; Qual reprobo vivias no universo Inerme, nu e , na sombra immerso, Sem Deus, sem luz, sem lar!...

Não fallemos n'isso... Rapaziadas!... Talvez tu não creias que a mulher que me ha de fazer feliz é justamente a que fugiu das Commendadeiras? Vejo que é grata aos teus beneficios... Deve morrer de saudades por ti... Estará ella anciosa da tua chegada como Marianna?

Mas, não passa de loucura accusar-te de crime tão infame; a ti, modelo vivo de amor e de fidelidade, a ti tão boa, tão modesta, tão piedosa, a ti que, não obstante, o laço que te prendia a Néro, te conservaste pura; será possivel que manchem tua reputação? Não, assim, não acontecerá; eu o espero.

Deus te abençôe, minha filha, pela grande consolação que me dás! E has-de ser feliz, crê, porque o Eugenio é bom rapaz e está perdidamente apaixonado por ti.

A peste armada destruir teu povo A um seu leve aceno vôa logo: Estraga, fere, mata sanguinosa, Despiedada e crua. Despenhada no abysmo da ruina, Fugir pretendes aos accesos raios, Qual horrida phantasma, porém logo Desfallecida cahes. O açoute do Ceo lamenta, ó Lysia, Mas inda muito mais os teus errores Que provocar fizerão contra ti Contagião mortal.

Que fatal lembrança a de me arrancar da minha esphera, para que eu hoje não tenha nenhuma! Os pequenos regeitar-me-hão como os grandes me regeitam, quando souberem quem eu sou!... Deus se compadeça de ti! murmurou o velho, limpando as lagrimas e me perdôe a mim o mal que te fiz, pelo muito que tenho expiado a minha vaidade de te fazer maior do que teu pae. Valha-te o Senhor!

Pois os bens para ti todos nascêrão, Nascêrão para mi todos os danos, Logra tu tua gloria, eu meu tormento. Nenhum apartamento, Belisa, me fara deixar d'amar-te; Porqu'em nenhuma parte Poderás nunca estar sem mi hum'hora. Consente pois agora, Qu'em pago desta tão conhecida, Perca, quem te perdeo, tambem a vida.

Não digas tal, primo, por dignidade nossa e d'ella! Pois tu negas perdão á esposa, e da'-lo-ias á concubina?! Cala-te, que desvarias; a tua razão e coração devem contradizer esse desatino, que é uma doença do teu espirito. Eu sou mulher, e mãe, e não perdoaria á filha, que, contra nossos conselhos, se tivesse sacrificado a um infame seductor. Torna em ti, meu primo, e convence-me de que estás bem com a tua consciencia, perdoando o mal, que te fez a desgraçada, que por amor invencivel poude desobedecer-te. Aqui tens a carta que me ella escreve de Mirandella; olha estas expressões: Ás vezes penso que meu pae ha de amar muito esta creancinha, que tem no rosto signaes de vir a ser muito parecida com elle. Se eu podesse mandar este anjo adiante de mim, seria elle quem me abrisse as portas do paraizo de minha familia: Vês tu?

"A Vida é o anormal, o excesso, a febre; A Vida é uma doença, uma velhice Dos mundos: o seu fim. Odeio a Vida; Ela está fóra das leis de Deus. "Mas quem sou eu, quem sou, ao de ti? Sou a Razão ao lado da Loucura... que distancia imensa nos sepára..."

Irei bem como a Terra Seguindo eternamente O rumo do oriente A demandar a luz; Bem como Jesus Christo O rumo solitario Da senda do calvario Á busca d'uma cruz! Irei d'este mundo Onde tu me cedeste A dadiva celeste Da Rasão e do Amor: Raios vitaes que mudam Em luz a nossa essencia, E a luz em Consciencia, E esta em ti, Senhor! Lisboa, 1869.

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líbia

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