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Luiza em escarlate, bordada de vidrilhos, admiravelmente grande e bem feita, dir-se-hia brotar d'um cacto com a rebeldia d'um génio de volupia e ruina. Hermine, de damasco branco, decotada até ao ventre e coberta de geraneos pallidos, soberba de carne, divina d'impudor, affixava o seu riso de bacchante, vago, inquietador, sem ponto de mira, como essas estatuas d'Egino que riem ceifando cabeças.

Se os Estados Unidos da America não nos facultassem elementos decisivos nessa demonstração, bastaria para nos induzir em semelhantes conclusões o confronto da soberba e prolongada expansão pacifica da Alemanha antes da guerra com os destroços de varia especie, economica e moral, acumulados pela cegueira da sua febre guerreira, desde o dia em que se julgou capaz de manter e acrescentar a grandeza por efeito e graça da violencia militar.

Muitos tambem do vulgo vil ſem nome Vão, & tambem dos nobres ao profundo Onde o Trifauce Cão perpetua fome Tem, das almas que paſſão deſte mundo E porque mais aqui ſe amanſe & dome A ſoberba do imigo furibundo, A ſublime bandeira Caſtelhana Foy derribada os pês da Luſitana.

Realmente é um homem de muita caridade este Tristão, interrompeu Vaz Mendes, olhando para uma soberba aguarella de Howell. Basta o que elle tem feito pelo mestre de obras, ajuntou Lopes de Miranda. E quem seria capaz, não digo de mais, mas de tanto? acudiu o visconde. Isto é que é a verdadeira caridade, sem alarde nem ostentação.

O palacete dos Barrôlos em Oliveira (conhecido desde o começo do seculo pela Casa dos Cunhaes) erguia a sua fidalga fachada de doze varandas no Largo d'El-Rei, entre uma solitaria viella que conduz ao Quartel e a rua das Tecedeiras, velha rua mal empedrada, ladeirenta, opprimida pelo comprido terraço do jardim, e pelo muro fronteiro da antiga cerca das Monicas. E n'essa manhã, justamente quando Gonçalo, na caleche da Torre puxada pela parelha do Torto, desembocava no Largo d'El-Rei, subia pela Tecedeiras, dobrando a esquina dos Cunhaes, n'um cavallo negro de fartas clinas, que feria as lages com soberba e garbo, o Governador Civil, o André Cavalleiro, de collete branco e chapeu de palha. N'um relance, do fundo da caleche, o Fidalgo ainda o surprehendeu levantando os pestanudos olhos negros para as varandas de ferro do palacete. E pulou, com um murro no joelho, rugindo surdamente «que biltreAo apear no portão (um portão baixo, como esmagado pelo immenso escudo de armas dos Sás) tão suffocada indignação o impellia que não reparou nas effusões do porteiro, o velho Joaquim da Porta, e esqueceu dentro da caleche os presentes para Gracinha, a caixa com o guardasolinho e um cesto de flores da Torre coberto de papel de sêda. Depois em cima, na sala d'espera, onde José Barrôlo correra, ao sentir nas lages do Largo silencioso o estrepito do calhambeque, desabafou logo, arrebatadamente, atirando o guarda para uma cadeira de couro: Oh senhores! Que eu não possa vir á cidade sem encontrar de cara este animal do Cavalleiro! E sempre no Largo, defronte da casa!

Tudo n'ella o seduzia e lhe convinha: a sua collaboração n'uma Revista consideravel, de setenta paginas, em companhia de Escriptores doutos, lentes das Escolas, antigos Ministros, até Conselheiros d'Estado: a antiguidade da sua raça, mais antiga que o Reino, popularisada por uma historia d'heroica belleza, em que com tanto fulgor resaltavam a bravura e a soberba d'alma dos Ramires; e emfim a seriedade academica do seu espirito, o seu nobre gosto pelas investigações eruditas, apparecendo no momento em que tentava a carreira do Parlamento e da Politica!... E o trabalho, a composição moral dos vetustos Ramires, a resurreição archeologica do viver Affonsino, as cem tiras de almaço a atulhar de prosa forte não o assustavam... Não! porque felizmente possuia a «sua obra» e cortada em bom panno, alinhavada com linha habil.

Ah dura estrella minha! Ah grão tormento! Que mal póde ser mor, que no meu mal Ter lembranças do bem que he ja passado? Em formosa Lethea se confia, Por onde vaidade tanta alcança, Que, tornada em soberba a confiança, Com os deoses celestes competia.

O caracteristico do verdadeiro amôr foi sempre o sacrificio pela pessoa amada. Sacrifica-se tudo por ella, por ella se affrontam os perigos e a morte, por ella se commettem prodigios, por ella se perde o apetite e o somno e se é feliz com este tormento, com esta dôr, com este mal implacavel que invade todo o nosso ser. A soberba Carlota estava no paroxismo da paixão.

Era o nosso sangue, na verdade, que o fazia sorrir, quasi indulgente, quando me admoestava por tanta loucura; o nosso sangue que o fizera, quando rapaz, desafiar, sósinho, uma companhia de pequenos colegiais como elle, e que o fizera, mais tarde, responder sempre com soberba quando se julgava desrespeitado, mesmo por um superior hierarquico... Pobre tio!

Hum longo estudo architetou tão bella, Tão engenhosa machina prestante, Entre os gelos Sarmaticos levada Á maior perfeição, pois n'antiga Idade a vio sahir absorto o Mundo Das mãos do escravo do eloquente Tullio, A quem, deposta a consular soberba, Se dignou de escrever, chamar-lhe amigo.

Palavra Do Dia

dormitavam

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