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Admiramos unicamente a belleza do estylo empregado pelo illustre viajante no trecho que acabamos de reproduzir, e seguintes, descrevendo a recepção que lhe fez o soba de Catema, que a falar a verdade nem merece as honras do titulo, não porque o queira humilhar, mas pelo papel que representa, elle e todos os mais do dominio da Lunda perante o seu Suzerano, ou dado o caso de virem enviados d'este a exigir-lhes tributo, como adeante terei occasião de falar.

Com effeito, ella não se fez muito demorada, porque a 12 de março chegaram os emissarios do soba Pepe que tinha partido para Rinhande á nossa chegada no paiz, juntos a outros do soba Hiquereto, que acompanhavam doze dentes grandes de elephante para permutar por polvora, com ordem para a comitiva transitar por onde bem lhe conviesse: o que logo se levou a effeito, visto que tudo se achava prestes para o dito fim; bem assim a partida da comitiva de Moçambique, realizada a 25 do citado mez e anno, como egualmente tive occasião de falar.

No dia 14 recebi dois dentes grandes de elephante e um boi, presente do soba Hiquereto, que retribui na occasião, e mais tarde, na minha retirada para o Bihé, e n'este dia, pelas dez horas, fui retribuir as visitas recebidas na vespera, a primeira ao soba por ter a certeza de que não seria tão demorado, e a segunda ao illustre viajante, onde me demorei bastante tempo e tive a honra de jantar.

Findo o que, teve logar a entrega de presentes, mutuamente, e o dispersar de actores e espectadores para seus logares; e agora, que o soba Cabitta desappareceu da scena, visto que morreu em 1854, e visto egualmente que d'elle nos não tornaremos a occupar, porque a comitiva na torna viagem passou pela terra do Cutti: permitta-me o leitor que desviando-me do assumpto, relate um caso que tem relação com uma heroina, mãe d'este mesmo soba fallecido, e em cuja familia é innato o despeito.

Admira pois que o illustre viajante perdesse o seu tempo com taes futilidades, como a da prophecia; pense que ninguem é propheta na sua patria, e muito menos na alheia: Hebitane tinha um tanto de lunatico, e era um selvagem; nada mais natural do que acreditar nos ditos do embusteiro Tlapano, que, em parte se realisaram com a revolução de setembro de 1864, preludio do massacre de seu irmão Borollo, regente na menoridade de seu sobrinho Ritari, de toda a sua familia, e de toda a tribu Macorrollo, aqui no paiz, e que, como tive occasião de falar, elevou ao poder o actual soba Hipopa, filho de Cacoma Mulonga.

Algumas vezes subornados pelos ambiciosos do poder, estes mesmos enviados do Matiamvo, a que dão o nome de Cacoattas, ao entrar na libata grande do dominio a que se dirigem, intimam o soba existente a fim de abandonar o logar para que o seu successor o possa occupar, o que executa acto continuo sem mais observações, não lhe sendo permittido levar coisa alguma, além das pelles ou pannos que tinha no corpo, e com os quaes o encontraram na occasião; porque lhe advertem immediatamente, que, tudo quanto existe na povoação pertence ao Matiamvo.

Os dois paragraphos que seguem é para que o leitor possa avaliar o cavalheirismo do illustre viajante, na linguagem empregada nos seus escriptos em relação á minha pessoa. «13 de julho. Fui visitado pelo soba Hiquereto, que esteve a conversar perto de duas horas no quilombo, ao cabo de cujo espaço, e seguido do seu sequito, se retirou á sua povoação.

O Soba Brito apresenta-se com três saias de chita, pintada de ramageus, muito enxovalhadas; veste uma farda de capitão de infanteria, desabotoada, deixando ver o peito , porque camisa não usa; e na cabêça, sôbre um barrete de vermelha, põe nobremente um chapéo armado de estado-maiór.

Antes porém de proseguir ávante, permitta-me o illustre viajante, que passe a transcrever os trechos que seguem, e que vem aqui muito a proposito; o primeiro tem relação com o assassinato do infeliz soba Pepe, prova de que nada diz a seu respeito, e é este: «10 de julho de 1853. Continuámos a viagem, e fomos fazer quilombo nas povoações de Rinhande.

Ja tive occasião de dizer que, o soba como senhor absoluto do paiz concentra na sua pessoa todo o poder, todos affirmam, mas ninguem se aventura de reprovar a minima de suas acções; elle, e o sertanejo, são as duas pessoas que unicamente se entendem sobre negocios: feliz d'este se á primeira partida de marfim que recebeu lhe paga a factura, porque todo o mais que fôr apparecendo de tributo até ao dia da sua retirada, pertence-lhe, porque o vae recebendo proporcionalmente ao passo que fôr chegando.

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