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Ah, bem definitivamente se esfrangalhára aquella rede de malha que se não percebia e que outr'ora o travava! N'esse momento appareceu o Grillo, de quinzena de linho, segurando em cada mão uma garrafa de vinho branco. Todo se alegrou «em vêr na quinta o siô Fernandes». Mas a sua veneranda face não resplandecia, como em Paris, com um tão sereno e ditoso brilho de ebano.

Por timbre usa a Familia de Lares um cysne, armado de oiro, segurando no bico uma aspa vermelha, com escudos alternados de Portugal e CastellaAssim o escreveu D. Antonio nas Memorias genealogicas e Nota Privativa da Casa. Os escudos lavrados na cantaria do edificio attestavam a historia do velho solar de Lares, confirmando os archivos.

Pode dizer-se, em geral, que o typo do japonez, da sua femea, e mais accentuadamente ainda nos obesos, ou nos magros, ou nos anões, ou nos albinos, ou nos côxos, ou nos corcundas, ou nos leprosos, ou nos que têem um lobinho, ou nos que têem o nariz roido, em todos aquelles em fim em que um defeito, uma tara, sobresae, é caricatural supinamente, comico a ponto de nos fazer morrer de rir ás gargalhadas!... Ah, maganões! vocês, quando nos deram as imagens dos seus deuses, dos seus genios do lar: uns pansudos, como odres; outros esqueleticos, macrabos; uns pachorrentamente joviaes, outros terriveis, despedindo raios sobre a terra; vocês retrataram-se a si mesmos, segurando com uma das mãos o pincel e com a outra o espelhinho onde se viam, maganões!... Especialisando, da multidão das ruas, essa figurinha em miniatura que tão irresistivelmente captiva as attenções do estrangeiro, toda ella matizes, perfumes, frescura, gentileza, a figurinha da musumé, da rapariga, podemos ainda definil-a como uma caricatura, a caricatura mais travessa, a chimera humana mais deliciosa, em que jámais olhos de viajante se poisaram!...

Com esta ironia encoberta mas grave, fustigava Alexandre Herculano os seus predecessores, historiographos nacionaes, e, segurando com valor a férula magistral, castigava o povo culpado de acreditar n'uma tradição que tem para o erudito, além de outros defeitos, o de ser recente.

Pelas ruas deparavam-se-lhe moços espartanos ao lado de raparigas esbeltas, de saiaes tufados, redondos pelo joelho, com o kepi grego de borlas, de jalecas curtas, segurando peitos cheios. Mulheres e rapazes de Corfú, e demais ilhas proximas, passeavam corpos e trajes bizarros, que prendiam aos restos duma civilização de requinte.

Atraz quatro alentados besteiros carregavam aos hombros umas andas, toscamente armadas com troncos de arvores, onde um homem jazia estirado, como morto, coberto, contra o calor e os moscardos, por leves folhagens de acacia. E um monge seguia n'uma mula branca, segurando misturadamente com as rédeas um crucifixo de ferro, sobre que pendia a orla do seu capuz e uma ponta de barba negra.

O almocreve dizia: Ainda temos muito que andar. E continuavam os dois pela estrada fóra, sem dizerem palavra. O almocreve, segurando no sovaco a arreata do primeiro macho da recova, caminhava n'um passo regular, assobiando. O Simão ia ao lado. A perspectiva triste e melancolica da paizagem n'uma manhã fria de dezembro tinha para elle encantos indefinidos!

Depois, appareceu á porta o moleiro, com o chapéo enfarinhado caído para o hombro esquerdo, segurando no hombro direito o taleigo da fornada. Vinha ainda a gritar: Despacha-te, rapariga. Mexe-te, filha. E atirou com o folle para cima da besta. A moça veio depois, e carregou-a com um folle do outro lado.

E que tens a vêr com o senhor alcaide, meu velhaco? disse uma voz, que logo João Bispo reconheceu por ser de Tello Rabaldo. Ah! sois vós! murmurou o interpellado, visivelmente contrariado por aquella apparição, em quanto Fernando deitava a correr pela rua abaixo. Vosso servo, tornou o pae dos velhacos, tirando com ar zombeteiro o seu barrete e segurando pelo capuz a João Bispo.

Foi levado para casa, perseguido de successivos pontapés. Umas mulheres que passavam, pararam na rua, ao ver a furia do homem, e compadecidas do rapazinho, que, a cada momento se voltava para traz, pedindo perdão com as mãos postas: Perdôe ao rapazinho imploravam ellas segurando o ferragista. Perdôe-lhe por esta vez. sr. José. O ferragista, porém, era implacavel.

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