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Emfim, dizia, chegou a hora da minha vingança. Por mais «pequeno» que eu seja podem contar commigo aqui. Disponho de muitos milhares de votos que vão ser n'este momento o meu instrumento de vingança. Dal-os-hei ao novo deputado Ronquerolle.

Vejamos, disse Ronquerolle, quereis que vos ajude a confessar a verdade?

O que te causa tanta alegria, entristece-me, porque é o fim d'esta nossa ligação que surjirá dos acontecimentos aos quaes vaes entregar todos os teus pensamentos, a tua existencia. Creança! retorquiu Ronquerolle, pois é esse o motivo da tua tristeza e das tuas lagrimas! Tu bem sabes que nunca te abandonarei! Vamos, socega!

Perante este espectaculo de paz, n'esta noite de junho tão harmoniosa e tão encantadora, o homem politico desapparecia em Ronquerolle e não ficava mais do que o poeta seduzido pelas bellezas da natureza immortal.

Janeiro estava a findar e os dias eram pequenos; desde as cinco horas que a noite envolvia Paris, e o inverno era rigoroso. N'uma quinta-feira, Ronquerolle sahindo da Camara, dirigia-se a para sua casa pela explanada dos Invalidos. Cahia gelo e por isso eram raras as pessoas que andavam pelas ruas.

O destino, dizia Ronquerolle, é verdadeiramente o deus do mundo, como vos escrevi, citando Schiller.

Ao pronunciar esta data, Ronquerolle exaltou-se dando um valente murro sobre a mesa, o que atemorisou Lapierre. A meia noite approximava-se. Lapierre retirou-se, promettendo a Ronquerolle trazêl-o ao corrente de tudo o que passasse no Castello. Kolri retirou, tambem, por sua vez.

Ao mesmo tempo que Ronquerolle se mettia no seu leito d'hotel, imaginando a maneira, de dar ao sr. «de la Tournelle» um golpe traiçoeiro, a marqueza deixava-se vencer pelo somno no seu grande leito Luiz XV, coberto com um baldaquino que amôres gorduchos seguravam. Fecharam-se-lhe as palpebras e meia adormecida murmurava uns versos de Ronquerolle.

Porque não ouço ainda o ruido do seu vestido de seda passando na areia da avenida? E Ronquerolle, immovel, escutava, attentamente, no silencio da noite, mas não se ouvia som algum sob aquelle immenso arvoredo. Uma hora se passou, hora d'angustias profundas para Ronquerolle.

Devo provocar, pensava elle, esse sinistro e fatidico Ronquerolle? Devo cruzar o ferro, ou trocar uma bala com elle? Para quê?

Palavra Do Dia

esbrugava

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