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Não vejo diante de mim um poema esteril, obra dos sentidos, da imaginação e da volupia. Vejo um acto profundo, espontaneo, d'imensidade religiosa. O homem que se confessa abala-me e deslumbra-me. Não a confissão mentirosa, a confissão vulgar, da boca que tem dentes, para o ouvido que tem sombras. Não a confissão-analise, a confissão dos criticos, rol de inteligencia, catalogo de ideias.

Dir-se-hia a noute eterna, a noute desolada; Começou a correr nos campos desvairada; Depois voltou atraz... ouviu-se um ai profundo; Uivavam outra vez Levaram-lhe o segundo. Então o medo escuro apederou-se d'ella!... Não se via no ceu tremer nem uma estrella, A solidão profunda, a nevoa fria, intensa, E em toda a parte chovendo a neve immensa.

O que é que ella nos diz, que nos remove até ao mais profundo das entranhas, triste como flor onde não chove, no cume inacessivel das montanhas?! Dirá ella um desejo que houve, cheio de dôr e aspirações extranhas, e expirou e morreu n'um mundo falso como um amor ao d'um cadafalso!?...

O Bom Deus que proteje a innocencia, De quem são nossos cantos de amor; Desherdada é sómente a existencia, Do infeliz que descrê do Senhor! Onde o bem? Onde o mal? nós no mundo Como iremos a vida encontrar? Neste valle enredado e profundo Quem nos ha de o caminho apontar?

Não ha Para elles outro mundo! Têem sincera affeição, Tributam amor profundo Ao paiz de Salomão! MARIA desculpando-os: A sua terra natal... Todos dizem que em verdade

Este grande facto politico, um dos maiores da Historia, deu, como é sabido, profundo impulso á civilisação, e sob o aspecto da arte disseminou-a pelas vastas provincias de um vasto Imperio, habil e energicamente governado por um dos maiores espiritos, com que até hoje se inflorou a Humanidade.

Pois e se vós do céo, onde até Se ignora o que são dôres, Vindes á terra procurar amores, Estrellas! se assim é, Tendes-me aqui ao : Que em summa a noite da minha alma é tal Que eu pobre viajante Ando... se para traz, se para diante, N'este profundo val, Não sei nem bem mal.

Esta importante Memoria foi coordenada e concluida no periodo que discorreu desde 1828 até 1833, em que o Sr. Botelho esteve inteiramente afastado dos negocios publicos. Precedeu pois a sua composição aos opusculos politicos do nosso fallecido consocio, por isso a mencionei primeiramente. Estes opusculos são, a Carta a S. M. I. o Duque de Bragança, impressa em Londres em 1833, e as Reflexões Politicas publicadas successivamente no seguinte anno. Escriptos com a singeleza e sincera liberdade de homem que sentia bater dentro do peito um coração português, esses opusculos são, litteralmente considerados, uma nova corôa para o Sr. Botelho pela gravidade do estylo e pelo pensar profundo que nelles transluz. Versam sobre importantes successos da época em que foram publicados. Nesse tempo de paixões violentissimas, taes escriptos pareceram talvez revelar em seu auctor demasiado apego ás coisas do passado, e ainda hoje assim parecerão a muitos. Todavia, confesso-vos, Senhores, que não vejo eu ahi senão novos motivos de venerar a memoria do nosso illustre consocio, e de admirar a sua consummada prudencia, e o seu amor de patria.

Tal poesia e saudade em torrentes No teu meigo sorrir eu aspiro, E no olhar que me lanças a furto, E no encanto de um mudo suspiro, Para mim és tu hoje o universo: Soa em vão o bulicio do mundo; Que este existe sómente onde existes: Tudo o mais é um ermo profundo. No silencio do amor, da ventura, Adorando-te, oh filha dos céus, Eu direi ao Senhor: tu m'a déste: Em ti creio por ella, oh meu Deus

Passava os dias sentada no varandim do palacio olhando pela estrada além a vêr se o trovador, condoído do seu profundo amor, voltava arrependido, trazendo-lhe a ventura perdida. Mas debalde esperou. Veio o inverno, e de sempre olhar fixamente para os caminhos cobertos de neve, pouco a pouco desappareceu-lhe a luz dos olhos...

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