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Inexoravel Tempo! e nunca inteiras Deixarás ao porvir obras passadas! Inexoravel Tempo! e has de tu sempre Querer que do passado fique apenas Aquillo que o presente affligir deve; E assim fazer-nos dolorosa a imagem Do que foi, do que ha de ser um dia! Bem como nós, verão nossos vindouros, Em reliquias d'antigos monumentos, pedras que exalçou o homem de barro!

Talvez em seus primeiros passos haja alguma cousa de incerto; porém sua prosperidade no porvir é segura e infallivel como é o progresso dos povos da Bolivia e do Brasil, quando sejão vivificados pela sciencia e pela industria, que lhes hão de vir dos paizes mais adiantados através dessa communicação, cujo projecto tentamos esboçar.

Havia por muito tempo concentrado o seu rancor ao homem que lhe matara a irmã, e fôra causa, ainda que indirecta, de se lhe sumir o delicioso porvir que sonhara, e por isso era terrivel n'aquelle seu primeiro manifesto do odio que lhe enchia o peito.

Nas trevas do porvir apenas via Um sinistro clarão, de espaço a espaço, Semelhante ao do raio quando fende As nuvens conglobadas no horisonte, E cai sobre um logar deserto e triste.

Teu cerebro pensante é como uma semente Que está reproduzindo a flôr do Ideal! Eterno nos traduz por forma resplendente Do seu divino author a essencia espiritual!... Do bello lyrio d'alma as petalas brilhantes Cambiam sem cessar de côr e de perfume, E levam do Porvir, aos seculos distantes, O espirito de Deus que o mundo em si resume!...

Oh! não vês que é fatal o destino, Que chegou para ti essa hora De encontrar a mulher seductora Que te deve encantar o porvir? Ai, poeta, debalde procuras Esquecer a visão adorada; Ai! debalde! tua alma inspirada Outra igual neste mundo encontrou! São irmãs, e co'a mesma ternura Viverão abraçadas no mundo, Num affecto sincero e profundo A suprema vontade as juntou! 31 de Março de 1857.

«Oh!... e que meiguice não era a sua, espalhando tão docemente o aroma de seus argenteos cabellos á viração perfumada da tarde, e despertando, ao longe, os echos da solidão com o brando dedilhar da sua harpa portentosa!... «Phantasma cruel, que, por tanto tempo, me alimentaste o porvir grandioso das minhas aspirações ephemeras! Sombra implacavel d'um destino fallaz!

Esqueci-me do Deus que adorara; O prestigio da gloria passou; E a minha alma, vazia de affectos, No limiar do porvir se assentou: Meus pulmões arquejaram com ancia, Buscando ar na amplidão do futuro, E sómente encontraram, por trévas, De sepulchros um halito impuro. Mas, emfim, eu te achei, meu consolo; Eu te achei, oh milagre de amor! Outra vez vibrará um suspiro No alaúde do pobre cantor.

Tudo isto era a joven Maria, lindeza de 18 annos, lindeza corporal como poucas, lindeza de espirito como ainda menos, lindeza de coração como quasi nenhuma, sobrinha e companheira de uma d'estas velhas, companheira e amiga de todas ellas. Maria, era realmente o feitiço, a Vida e o encantamento d'aquelle retiro sem porvir.

Longe, longe d'aqui, nas costas da Bretanha, Poetico paiz, que um mar sinistro banha, Vivia, ha muito tempo, um pobre pescador, Que se chamava Amel, com a mulher Pennor. Tinham elles um filho, uma creança loura, Um anjo, que o porvir dos paes inflora e doura; Ao voltarem a casa, alegres, todos tres, Na praia os surprende a noite de uma vez. Crescia o mar veloz, medonho, ingente, forte! N'esse tempo as marés eram vivas. A morte Sobre as ondas boiava, indomita, cruel! Olhando para a esposa, assim lhe diz Amel: «Pennor, vamos morrer! A vaga se aproxima! Viverás mais do que eu! Animo! Sobe acima Dos hombros meus, mulher. Pousa-te bem. Assim. E, ao veres-me sumir... ai, lembra-te de mimPennor obedeceu. Firmando-se na areia, Desapparece Amel na vaga, que o rodeia. «Amel! bradava a esposa; ai, pobre amigo meu! Qual de nós soffre mais? tu, que morres, ou eu, Que te vejo morrer?» E as aguas, que subiam, O corpo da infeliz no vortice envolviam. Olhando para o filho, assim lhe diz a mãe: «Filho, vamos morrer! Olha a maré que vem! Viverás mais do que eu! ! filho, ! coragem! «Sobe aos meus hombros, sobe! e ao tragar-me a voragem, Ai, lembra-te de mim e de teu pobre pae!» E o mar a submergiu. Chora a creança e vae Pouco a pouco afundir-se. Á flor da agua revolta, Apenas fluctua a trança loura e solta... ...Uma fada passou sobre o affrontado mar; Viu o cabello louro, em baixo, a fluctuar; Estende a mão piedosa e, segurando a trança, Com ella attrahe a si a pallida creança. E, sorrindo, dizia: «Ai, que pesada que ésMas viu cêdo a razão; inda segura aos pés Do filho estremecido, a pobre mãe começa A erguer tambem da onda a humida cabeça. Sorriu a boa fada, ao ver assim os dois, E repetiu ainda: «Ai, que pesados sois

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