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Longe d'isso. A desaffronta dilatara-lhe o coração que o pejo retrahira. Reluzia-lhe o prazer nos olhos. O odio aos insultadores da sua honesta pobreza accendera-lhe no peito, por momentos, a ruim, mas natural paixão da vingança. O sangue de princeza, orgulhosa de raça, refluira ao coração da luveira, humilde por estudo. Sentia-se bem.

Aspirar a grandezas e prosperidades e preparal-as com elementos de ruina e pobreza é simples e puramente um absurdo, de que deveriamos esperar, como resultado, o suicidio nacional.

Olhay que ha tanto tempo, que cantando O voſſo Tejo, & os voſſos Luſitanos, A fortuna me traz peregrinando, Nouos trabalhos vendo, & nouos danos: Agora o mar, agora eſprimentando Os perigos Mauorcios inhumanos, Qual Canace que â morte ſe condena, mão ſempre a eſpada, & noutra a pena: Agora com pobreza auorrecida, Por hoſpicios alheios degradado, Agora da eſperança ja adquirida, De nouo mais que nunca derribado: Agora aas costas eſcapando a vida, Que dum fio pendia tam delgado, Que não menos milagre foi ſaluarſe, Que pera o Rei Iudaico acrecentarſe.

A velha relanceou para elle os olhos afflictos, em que se lia o pavor do inferno, e principiou com voz lenta e abafada a seguinte narrativa: Eu sempre fui muito religiosa e devota... Ia todos os dias ouvir missa e confessar-me, e Deus ajudava-me sempre com a sua divina graça, porque desde que comecei a andar pelas casas do Senhor, nunca me faltou nada, e havia muitas almas bôas que me soccorriam, compadecidas da minha pobreza...

Alli veiu a Rainha a tanta necessidade e pobreza, que para seu suportamento lhe conveiu receber ajudas em pão e dinheiro d'alguns Prelados e donas viuvas d'aquelle reino, em especial de uma D. Maria da Silva de Toledo, senhora de nobre sangue e muita fazenda.

A academia, se alguma topou entre os manuscriptos do seu confrade, com certeza a pospoz como damnosa aos serios escriptos com que a esposa e filhos do finado critico haviam de quebrar alguns espinhos da herdada pobreza.

Ao bom Principe pedistes, Que com mão compadecida, Lhes concedesse humas ferias, Que durassem toda a vida; Pedistes depois, Senhor, Que a sua Real Grandeza Se dignasse de arrancar-me D'entre os braços da pobreza; Sei que nelle he natural Ter das alheias penas: Mas ouve-as melhor Augusto, Quando lhas conta Mecenas;

Então tristes das molheres, Tristes dos orfãos cuitados, E a pobreza dos mesteres! Que nem falar são ousados Diante os môres poderes. Esplendido caracter o de esse homem de uma franqueza verdadeiramente sem egual. Se os reis tivessem sempre conselheiros assim leaes, quantas desgraças não evitariam aos seus subditos, quantas injustiças não lhes poupariam!

Eu sinto realmente a minha pobreza de palavras garrafaes... Queria ser uma vestal d'estilo fervente para sustentar o fogo sagrado do dialogo... O monologo deve cançar-te, e a tragedia desde Sophocles até nós não póde dispensar uma segunda pessoa...

80 Agora, com pobreza avorrecida, Por hospícios alheios degradado; Agora, da esperança adquirida, De novo, mais que nunca, derribado; Agora