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Dei volta á bandeirola do candeeiro e, cheio de falsa coragem, approximei-me do retrato. Estava louco! Sou um cobarde! Tenho a cobardia d'uma criança, pensei. Fui ao armario de páo preto, envidraçado, onde tinha uma garrafa com um resto d'absintho.

Comprehendendo-se portanto a differença que faz a historia, propriamente sciencia natural, do romance, simplesmente exercicio litterario, não se deve estranhar a maneira como pensei e escrevi.

O navio estremeceu, parou, ressoou um grande grito. Dei um salto, corri á porta do beliche: Stewart! Stewart! Que é? Estamos perdidos? Batemos n'um rochedo? Não sei. Não ha de ser nada, o navio é seguro. Ouvia em cima marinheiros correndo, o movimento que se faz n'um perigo. Estamos perdidos, pensei eu, vestindo-me com uma precipitação angustiada.

Era melhor fugir para o desconhecido, entregar-me ao acaso... Em tudo isto pensei confusamente, não sei como, sem continuidade, sem nexo, aos pedaços, depois que o vi, durante esta noite medonha.

E a minha consciencia sabe que eu muitas vezes pensei em me converter ao christianismo, se Braz Luiz de Abreu estivesse, a esta hora, conformado e alegre sobre o peso da sua cruz!...

Sim? respondeu Maria muito estimo que não tivesse incommodo. E falei muito a respeito de v. excom um companheiro de jornada... A meu respeito?... Agradecida ao sr. conde por se lembrar de uma pessoa que não conhecia. Ora se conhecia! A mim? Pensei que nunca me vira... Mas vi o retrato que é o mesmo; não é tão lindo.

Nunca pensei em impôr a minha vontade a ninguem, e tudo quanto seja coagir a dos outros, tirar ao sêr humano a liberdade de sentir e pensar por si mesmo, exaspera-me como violencia contra mim propria exercida. Depois, a pequena tinha a bela qualidade de espiar e ir contar-lhe tudo quanto se dizia e fazia em casa, e por muitas vezes o que nem sequer se sonhava dizer ou fazer. Um amôr de criança!

Eu não podia atraiçoal-a, nem mentir-lhe. Sou quem imagina; vim para vêl-a pela ultima vez, porque me sinto acabar; estão contados os dias da minha vida; passo com as folhas d'este inverno. Bem o conheço, e resigno-me. Não pensei que o primeiro amor que se tem na vida poderia ser tão funesto.

Pensei que poderia vêl-o todos os dias. Não queria senão ser sua irmã. Diz a mãe que não posso... não o serei; mas não tenho coragem... não sei como hei de dizer-lhe que o não sou, porque elle ha de perguntar-me a razão porque não sou sua irmã, sua amiga, e eu não sei o que hei de responder-lhe. Mas... prometteste-lhe tu essa estima de irmã?... Córas!... responde, Assucena. Prometti... Quando?!

Quantas vezes, ante aquella sempre admirada e toda perfeita Venus de Milo, pensei que se debaixo da sua testa de Deusa podessem tumultuar os cuidados humanos; se os seus olhos soberanos e mudos se soubessem toldar de lagrimas; se os seus labios, talhados para o mel e para os beijos, consentissem em tremer no murmurio de uma prece submissa; se, sob esses seios, que foram o appetite sublime dos Deuses e dos Heroes, um dia palpitasse o Amor e com elle a Bondade; se o seu marmore soffresse, e pelo soffrimento se espiritualisasse, juntando ao esplendor da Harmonia a graça da Fragilidade; se ella fosse do nosso tempo e sentisse os nossos males, e permanecendo Deusa do Prazer se tornasse Senhora da Dôr então não estaria collocada n'um museu, mas consagrada n'um santuario, porque os homens, ao reconhecer n'ella a alliança sempre almejada e sempre frustrada do Real e do Ideal, decerto a teriam acclamado in eternum como a definitiva Divindade.

Palavra Do Dia

dormitavam

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