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Ela fumava um Laferme, devagar, no prazer subtil de soprar nuvens. E de repente, como a uma lembrança súbita, disse-me isto baixinho, num tom que nunca esquecerei: Tu sabes: não gosto de falar da minha vida. Nunca me queixei. Se agora te falo, é porque é p'ra dizer bem... Neste horror, tenho tido dias de uma volupia imensa. Nem sei como te diga.

Vi-a, evocando graças divinaes N'uma orchestra de sons tão maternaes P'rá criança que a minha embriaguez Ousou depositar, lançar-lhe aos pés! E como tudo ainda fosse pouco, Em paga d'um agir mau, vil e louco, Eu vi-a, meu Deus! eu vi-a, meu Deus! Pedir que me enviasses dos céus O perdão! Mas que fiz eu?!... Tudo... e nada... Fiz... o que faz mulher desnaturada! Fernando

Ai dos que n'este mundo ainda esperam! Terão a sorte de quem esperou... Ai dos pobrinhos, dos que tiveram Oiro e papeis que o vento lhes levou! Ai dos que tem, que ainda não perderam, Que amanhã, serão pobres como eu sou. Ai dos que, hoje, amam e não são amados, Que, algum dia, o serão, mas sem poder! Ai dos que soffrem! ai dos desgraçados Que, breve, não terão mais p'ra soffrer!

Milhor p'ra mim, retorquia o hereje, sarcastico. Ora, uma tarde, era vespera de não sei que dia santo grande. Creio que a Egreja rendia culto á Virgem sob a invocação de Senhora de Belém. Fazia um calor enorme. O ceu estava claro, limpo, muito azul e tranquillo, como tranquillo estava o mar. Na praia arenosa, as ondas vinham desdobrar-se preguiçosamente, n'uma languidez ineffavel.

Oh christão, será possível!! Se tens , e Religião, Que fique tão insensivel Teu humano coração!!! Tu que sentes qualquer perda, Ou pequeno dissabor, não sentes as offensas Do teu Pae, do teu Senhor! Pois que seria de nós! Se aquelle Deus de bondade Não tivesse paciencia P'ra soffrer tanta maldade.

E quando emfim eu chóro, pensando nessas magoas oiço a voz sublime d'aquellas grandes agoas Que querem vir chorar commigo e conversar. Historia é uma d'elle, esta que vou contar; Ouvi-a em alta noite escura de janeiro E p'ra m'a vir contar, o Mar chorou primeiro.

«Lançamos os cometas d'aço em leitos sensuaes de nublosas; a gran mangedoura do espaço alem de muchas otras cosas: a abobada commua, o grande guarda-sol dos requeijões da lua, e o tinteiro do sol. Refrescamos toda esta panellada com agua do ceu e gelo em palitos; e p'ra terminar tamanha estopada deitamos a dança dos aerolithosTocou a vez á agoirenta Erato.

Se se percebe que estás assim, se tens o filho em casa, o escandalo!... Por ti, estás perdida, perdida p'ra sempre! E eu, se se souber, que me succede? Perdido tambem, suspenso, mettido em processo talvez... De que queres tu que eu viva? Queres que morra de fome? Enterneceu-se tambem áquella idéa das privações e das miserias do padre interdicto.

« Pois olhe, p'ra fallar minha verdade, tinha me alembrado ser feitiço... não podia senão ser cousa feita.. pelos modos que é, se foi isso. «A menina tem uns flatos pelas costas, e anda jururú que mette pena! coitada! tem tomado mil mesinhas e nada de arribar; pobre pequena!

Bem sei que lhe faz pena, não se aflija: qualquer dia, mamã, eu vou partir... Nem digas isso, meu amor, nem digas isso. Vou-me embora, vou, p'ra muito longe... Não faço falta a ninguêm. Ficam-lhe os manos. lhe deixo a si muitas saudades... Se tu gostas de mim, não digas isso.

Palavra Do Dia

alindada

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