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São assim as descripções do Sr. Oliveira Martins? Não são. Na sua Historia Romana, no livro das guerras punicas, encontram-se descripções admiraveis que rivalisam em colorido e nitidez com as melhores do Sr. Ramalho Ortigão; mas a influencia litteraria é visivel n'ellas, são reminiscencias intelligentes da Salammbo de Flaubert.

As paginas austeras em que o snr. Oliveira Martins estabelece esta distincção entre o heroismo da consciencia e o da fatalidade, e mostra Portugal condemnado por aquillo mesmo que fizera a sua virtude e a sua grandeza, são das mais gravemente pensadas que se tem escripto na nossa lingua.

Veremos o que o tempo praticamente responde a tudo isto. Fevereiro-Março, 1873. Le Portugal contemporain Oliveira Martins

Oliveira Martins restabelece os principios subsidiarios que a modificam, limitando-a, e combinando-se com ella originam uma alma real, capaz de viver entre cousas reaes e de produzir obras reaes. Por este sentimento intenso do concreto o Sr. Oliveira Martins nos apparece como um verdadeiro artista, e não como um simples combinador de abstracções.

Bem diverso é o estylo do Sr. Oliveira Martins. Nada de menos grave, de menos pomposo e respeitoso. Elle escreve como fala, e fala como acha. O seu processo é a notação directa dos sentimentos presentes; a sua linguagem, a algebra nua da paixão.

O pensamento que ha vinte annos parecia uma verdade nova póde hoje parecer apenas um problema não resolvido, e até um erro condemnado; a observação profunda de então ser hoje trivialidade; a critica subtil, que levou um raio de luz a certos recessos obscuros dos factos, achar-se incorporada e transfigurada em apreciação mais complexa que illumine dilatados horisontes» . Sómente não envelhecem, antes vivem e se prolongam em perenne frescor e mocidade, o consolo e orgulho de verificarmos quanto o pensamento humano tem caminhado, quanto valeu para a fortuna dos homens e das sociedades a exaltada coragem dos seus obreiros, que bençãos devemos e tributamos aos apostolos, como Alexandre Herculano e Oliveira Martins.

Fatalmente, apenas se apeava em Oliveira, encontrava o homem da grande guedelha, caracolando por sob as janellas do palacete, na pileca de grandes clinas!

Com todos estes elementos, uns portuguezes, outros europeus, uns locaes, outros universaes, recompõe o snr. Oliveira Martins a physionomia complexa de Camões e dos Lusiadas, com uma lucidez e segurança de critica verdadeiramente surprehendentes para quem considerar a completa novidade do seu trabalho.

Os louvores do Infante D. Henrique e a apreciação dos actos que lhe valeram o cognome de Navegador, occupam grandissimo espaço na litteratura patria e estrangeira. Desde a Chronica de Azurara até aos Filhos de D. João I do sr. Oliveira Martins, é longa a lista dos escriptores que se têem occupado do Infante.

O povo não se moveu. A occasião ainda não estava madura. Os timidos conselhos do brigadeiro Luiz de Oliveira prevaleceram. O Porto tornou a submetter-se ao governo de Napoleão I. A 9 de julho chegou a Lisboa a noticia da insurreição das tropas hespanholas e da prisão de Quesnel. O perigo eminente estimulou o duque de Abrantes.

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