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"Pois quê, morreu dos feitiços da adultera, ou lornou-o invisivel algum encantador seu amigo?" "Fr. Roy, olhae que estes honrados cidadãos vos escutam, e que o auto é mui grave para gastar truanices." " disse, mestre Bartholotmeu, que falo verdade. Pelo bento cercilho do sancto-padre vos juro que hoje elrei não dormirá em Lisboa, segundo o geito que lhe vejo.

Da sórte que acontece Ao misero doente, Da cura despedido, Que o Medico advertido Tudo quanto deseja lhe consente; O Amor me consentia Esperanças, desejos e ousadia. E agora venho a dar Conta do bem passado A esta triste vida e longa ausencia. Quem póde imaginar Qu'houvesse em mi peccado Digno d'huma tão grave penitencia? Olhae que he consciencia Por tão pequeno êrro, Senhora, tanta pena.

E fio a fio vae tecendo e constroe a sua theoria: * «Oh como eu tremo deante das arvores, do luar que corre branco e sem murmurio, da natureza esplendida!... Passo por doido e na verdade eu quasi grito de pavor deante do espantoso universo. Olhae a treva a escutar, o mysterio, a agua que brota sem ruido, a arvore de braços erguidos, o caliginoso mar...

Doce sonho, suave e soberano, Se por mais longo tempo me durára! Ah quem de sonho tal nunca acordára, Pois havia de ver tal desengano! Ah deleitoso bem! ah doce engano! Se por mais largo espaço me enganára! Se então a vida misera acabára, De alegria e prazer morrêra ufano. Ditoso, não estando em mi, pois tive Dormindo o que acordado ter quizera. Olhae com que me paga meu destino!

Pois que mais quereis, meu Leonel? acudio alegremente o Sabedor, resplandecendo. Morte é esta para se contar em livros! E não tereis este inverno serão á lareira, por todos os solares de Minho a Douro, em que não volte a historia d'este Pego, e d'este feito! Olhae nosso primo Tructesindo Ramires!

Emquanto as combustões dos lividos comêtas, Errantes e fataes, Comsomem lentamente as grandes borboletas Dos nossos ideaes! Trazei mortos á valla; a hydra está com fome E deve ser-lhe longa a hora em que não come! Olhae como ella mostra aquelles que a vão ver, Inerte, sem pudor, de fauce escancarada, A amargura cruel da bocca desdentada Que pede de comer!

Olhae a serpe occulta na herva verde. Quem o rigor não perde, perde a vida. Que tigre, ou que leão, Que peçonhenta fera venenosa, Ou qu'inimigo, emfim, vos vai seguindo? D'hum brando coração, Que preso dessa vista rigorosa De si para vós foge, andais fugindo? Olhae que em gesto lindo Não se consente peito tão disforme; Se não quereis que tudo se conforme.

Havia quem dissesse que o João se deixava algumas vezes vencer por ella; e com certo fundamento se dizia isto, porque, no olhar com que a envolvia, tão differente do que lançava ás outras, via-se claramente porque o amôr não pode estar em segredo que ella não lhe era indifferente. Olhae! acabou a musica! exclamou elle desandando para o meio do arraial.

E o presbiterio? Olhae: Branco como um noivado. Trepadeiras á porta e pombas no telhado. Ha n'esse ninho occulto em verdura frondosa Como que um bem-estar simples e côr de rosa. Era um ninho discreto, um bom ninho fiel, Para sugar um favo a tres luas de mel.

Senhora, póde isso ser? Si, que tudo o mundo tem: Olhae não o saiba alguem. E que maneira hei de ter Para crer tamanho bem? Vós, Senhor, o sabereis; E ja que vos descobri Tamanho sogredo aqui, Huma mercê me fareis Em que me vai muito a mi. Senhora, a tudo me obrigo Quanto for em minha mão. Pois dizei a vosso amigo Que não gaste tempo em vão, Nem queira amores comigo.

Palavra Do Dia

alindada

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