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E o velho Cerqueira, o advogado, que sahia do retiro encanniçado d'hera e se abotoava, embasbacou, com os oculos na ponta do nariz alçado, os dedos esquecidos nos botões das calças.
O meu amigo era, n'essa época, extremamente chato do intellecto, e em negocios da republica não via meia pollegada adiante do nariz.
Entraram, e a beata, limpando o nariz adunco a um enorme lenço tabaqueiro, tomou uma expressão de affectada piedade, e, sentando-se, a um signal do velho, cruzou as mãos sobre os joelhos, dizendo: Snr. José! Deus Nosso Senhor, quando andou pelo mundo feito homem, prégou a sua religião e indicou o caminho que nós deviamos seguir para nos salvarmos.
Então, n'esses momentos em que os profanos imaginam, á luz vermelha da represalia do mestre, uma irritação feroz, o grande homem converte o insultador em titere, prende-lhe o cordel; puxa: as cambalhotas succedem-se; o publico ri perdidamente, ou sente fremitos de espanto: o insolente morde a terra, e, quando o auditorio espera a punhalada final vibrada pelo gigante, o gigante applica no esmurraçado nariz do iconoclasta um misericordioso piparote, e ri.
Res... peitem o meu na... nariz... sequer ao menos!
O artista pratilheiro era um velho recurvado, de nariz adunco, faces escavadas, olhos de coruja, suissas em tufos no meio das faces, e oculos na ponta do nariz.
Isso então já valeria mais a pena de se contar, e comprehenderiamos que a Nação o publicasse em telegramma: «O padre cego appareceu-lhe um olho em cada buraco do nariz e está-lhe a vir outro na cova do ladrão, pelo qual já lê as suas rezas de costas na cama com o breviario por baixo do travesseiro.
Se me chega a mostarda ao nariz... sou homem para ir á igreja e obrigal-os a enterrar lá a pequena. Isso não se faz assim com essa facilidade e arreganhos disse velhacamente o brazileiro, de proposito para o irritar ainda mais. Eu lhe diria se se fazia ou não, se se tratasse de coisa que me dissesse respeito!... Mas, lá com a filha do Cancella... não tenho eu nada... lá se avenham.
Com as mãos nas algibeiras, os olhos muito injectados, e as azas do nariz a tremerem, ouvia contendo o mau genio, a rabecada do mestre. Não foi nunca dos mais felizes, coitado! Por ali ficou sempre. Tem quatro ou cinco medalhas ao peito e todos os dias a fome em casa. O senhor... disse o mestre apontando para mim.
Um dia veio uma mulher ter com Rosinha e disse-lhe: «Ouça, senhora Rosinha, olhe que o seu pequeno não está perdido.» A estas palavras, a velha criada levantou os oculos até ao meio da testa, o que para ella era uma maneira de vêr melhor. Se lhe tivessem dado o conselho de os fechar n'uma gaveta não teria querido. Havia quinze annos, pelo menos, que usava oculos, e punha-os no nariz logo de manhã.
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