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Como Rogério se tinha approximado um pouco, á semelhança d'estes cães batidos que veem de rastos para o dono, ella, n'um rir cascalhado, disse-lhe assim: Ouvi que não tinha gostado do meu desempenho no segundo acto. Um homem difficil, o senhor. O monologo então, detestavel! Mas podia ter-m'o ensaiado, com o seu ponto de vista. Mas, atalhou o pobre auctor balbuciante, eu não disse...

Este ia, n'um impeto de raiva, a lançar-se ao guarda livros, mas ao vêl-o tão resoluto, ao vêr-lhe nos olhos a chamma da valentia e a coragem com que o esperava, recuou, deteve-se, e volveu-se, saindo a dizer: Ia-me zangando! A occasião não era propria, e nem mesmo valia a pena. Tenho tempo de desforrar-me. Ou de levares uma licção que te aproveite, canalha! respondeu Luiz.

Na rua, teve a impressão de achar-se n'um labyrintho: era a primeira vez que sahia, em tamanho povoado; a casaria chegou a fazer-lhe medo, perdeu o geito de andar: lagrymas fluiram-lhe dos grandes olhos negros, desconsoladamente. Ao quebrar uma esquina, esbarrou em apressado transeunte, pediu-lhe orientação para o caminho do porto.

O poder civil, com a sua educação avessa ás resistências porfiadas, ás luctas violentas, aos perigos do combate sangrento, muitas vezes necessario, succumbiria facilmente n'essas crises afflictivas, perdendo a serenidade n'um meio tão differente do gabinete de estudo e até das horas mais tempestuosas da tribuna politica.

Debalde as penas, e os gostos Disfarçais, loucos Amantes, Se os attentos circumstantes Tem em vós os olhos postos; De que servem falsos rostos, Se o coração desmente N'um instante infelizmente Sabe perdido o longo estudo, Pois vem destruir-vos tudo Hum suspiro de repente.

Custodio n'um tom de mal disfarçado motejo é bom a gente confiar na Providencia, mas é muito melhor conhecer o mundo e tratar cada qual de se livrar de apuros pelos meios que puder... A Providencia não faz pouco em nos enviar esse rapaz que te quer para esposa...

Ella tinha caido n'um sophá, muda, com os olhos fixos, meio loucos, os dentes trémulos. Eu borrifava-a d'agua, tomava-lhe as mãos, fallava-lhe baixo, e perguntava-lhe, aterrado, dando-lhe os nomes mais doces para a serenar: Que foi, minha querida, que foi? Via-lhe os vestidos cheios de sangue. Feriram-n'a? Ella fez um gesto negativo. Então? então? disse eu.

Á noite a minha mãe aquecia vinho e dava-m'o na cama. Sempre a gente é creada para uma vida! Quem adivinha? Calla-te! Eu era o miminho de todos, eu... eu nunca tive mãe, de mim ninguem se importa! Acabou-se! Na escuridão as cinzas que restam n'um lar, fazem tristeza e saudade. Brilham, esmorecem, vão-se apagar: são vidas que se extinguem, a alma da treva que em redor suffoca.

«Recae-a em tua fronte todo mal, «Infamia e maldição! «Sepulte-se n'um torpe lodaçal «Teu limpido brazão, «E fique para sempre o nome teu «Mais vil que o de um judeu!» A martyr, com a vista erguida ao espaço Soffria silenciosa. Rodeia-lhe o pescoço o frio laço E a victima formosa E ao ver fugir da vida os aureos brilhos diz «Filhos, meus filhos!...» Ó mães! Que dôr suprema isto traduz!

Mas, se o coração estava defendido, não o estava a imaginação fèrvida, e podia, n'um momento de desvario, com uma phrase imprudente, cometter uma infamia porque infamia seria fazer subir o pejo ao rôsto d'aquella em cuja casa eu tinha sido recebido com a intimidade de um filho.

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