United States or Brunei ? Vote for the TOP Country of the Week !


Meu ser evaporei na lida insana Do tropel de paixões, que me arrastava, Ah! cégo eu cria, ah! mísero eu sonhava Em mim, quasi immortal, a essencia humana: De que innumeros sóes a mente ufana Existencia fallaz me não doirava! Mas eis succumbe a Natureza escrava, Ao mal, que a vida em sua origem damna.

Então olhei saudoso Para o sonoro mar; Da nau do vagabundo Meigo me riu o arfar. De desespero um brado Soltou, ímpio, o poeta. Perdão! Chegára o misero Da desventura á meta. Terra infame! de servos aprisco, Mais chamar-me teu filho não sei: Desterrado, mendigo serei; De outra terra meus ossos serão!

Não vêdes que he onzena? Mas se tão longo e misero destêrro Vos contentamento, Nunca m'acabe nelle o meu tormento. Canção, neste destêrro viverás, Voz nua e descoberta, Até que o tempo em ecco te converta. Este excellente modo d'enganar-me Tomára eu d'Amor por interêsse, Se não s'arrependesse, Com a pena o engenho escurecendo. Porém a mais me atrevo, Em virtude do gesto de qu'escrevo.

Novo exemplo aqui tens, mísero humano, Que incensas os Altares da vaidade, Aqui te mostro a estrada da verdade, Por onde ao Templo vás do desengano: De Polyfemo o lamentavel damno, De Galatéa a horrenda falsidade Te excitem a fugir da crueldade, Que he premio certo desse amor tyranno!

Bien veo que era vida deleitosa Aquella que lograba sin temores, Cuando gustos de Amor tuve por viento. Mas viendo hoy á Natercia tan hermosa, Hallo en esta prision glorias mayores, Y en perderlas por libre hallo tormento. Las peñas retumbaban al gemido Del misero zagal, que lamentaba El dolor que á su alma lastimaba, De un obstinado desamor nacido.

Não poucas vezes tem o Brazil sido victima destas desastrosas commoções, que não fazem senão retardar o seu progresso, e enfraquecel-o cada vez mais. Tal he o triste e misero estado a que se acha reduzida nossa bella patria, digna de melhor sorte, e com todos os elementos e condições de hum porvir grandioso e brilhante! E qual a causa? Hum erro fatal, huma falsa idéa de opposição.

Tu, que ao misero rís com rir tão meigo, Calumniada morte; Tu, que entre os braços teus lhe dás asylo Contra o furor da sorte; Tu, que esperas ás portas dos senhores, Do servo ao limiar, E eterna corres, peregrina, a terra E as solidões do mar, Deixa, deixa sonhar ventura os homens; filhos teus nasceram: Um dia acordarão desses delirios, Que tão gratos lhes eram.

Fazia pena ouvil-o, o misero mollosso Em seu triste chorar! Era quasi uma sombra: apenas pelle e osso E um vago, um doce olhar!... Eis a sorte cruel do pobre que não come, Dos miseros sem pão! Em paga ainda em cima os vae tragando a Fome, A negra apparição! Latia o cão faminto. O frio era mordente, Feroz, quasi voraz! E o pobre não sabia, em fim, que ha muita gente Que adora a santa paz.

Bravo, excellente! exclamara João Rodrigues de quando comprehendeu que os epigrammas se dirigiam a esse misero poeta que valia mais que todos elles porque se chamava Luiz de Camões e porque era talvez o primeiro, o ultimo, o maior portuguez do seculo deseseis. Deveras excellente!

Religião! do misero conforto, Abrigo extremo de alma, que ha mirrado O longo agonisar de uma saudade, Da deshonra, do exilio, ou da injustiça, Tu consolas aquelle, que ouve o verbo, Que renovou o corrompido mundo, E que mil povos pouco a pouco ouviram. Nobre, plebeu, dominador, ou servo, O rico, o pobre, o valoroso, o fraco, Da desgraça no dia ajoelharam No limiar do solitario templo.

Palavra Do Dia

alindada

Outros Procurando