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Em quanto aos bons carões das mulheres, Calisto, que, de um relancear honesto de olhos, observára os rostos pallidos e esgrouviados de algumas senhoras de Lisboa, não podendo arguir de fallacia o dizer de Luiz Mendes, attribuiu á degeneração dos costumes e raças o descarnado e amarellido das caras; no tocante á suavidade das vozes, ficou indeciso, não querendo desmentir o seiscentista, nem formar conceito por uns grunhidos de cantaróla barbara com que os vendilhões pregoavam os comestiveis.

Havia, sim, um Joaquim Eduardo que tinha uma loja de quinquilherias no bairro... E se fosse o negocio com elle bem ia, que era um homem de bem... Lérias! lérias! interrompeu o conego impaciente. Resolveu-se elle então a escrever. A resposta demorou-se, mas veio emfim, promettedora e magnifica! O habil policia Mendes descobrira João Eduardo!

Sousa Viterbo: nem mais nem menos do que a carta de legitimação do grande poeta, datada de 1490, em que apenas se faz referencia a Francisco, filho do conego Gonçalo Mendes, que, não resta duvida, é o nosso poeta. Ha pelo menos, portanto, a recuar uns cinco ou seis annos a data de seu nascimento, o que não deixa de ter importancia para a comprehensão da sua vida.

Mas a filha, interrompendo o seu trabalho: que assim não estava bem, nem se ouviam os sons, credo! e, de mais, pouco espaço ficava para uma senhora poder tocar! O Mendes reconsiderou, cedendo um pouco da sua opinião, e em seguida foi auxiliar a filha a dispor as flores sobre as serpentinas.

Quadrilheiros contrabandistas da Imbecilidade! Ahi! Espelho-aleijão do Sentimento, macaco-intruja do Alma-realejo! Ahi! maquerelle da Ignorancia! Silenceur do Genio-Tempestade! Spleen da Indigestão! Ahi! meia-tijella, travão das Ascensões! Ahi! povo judeu dos Christos mais que Christo! Ó burguezia! ó ideal com i pequeno! Ó ideal rocócó dos Mendes e Possidonios!

Trazia apenas tres cartas de recommendação, uma para o visconde de Coruche, outra para o commendador Lopes de Miranda, e a terceira para a casa bancaria de Vaz Mendes e C.ª, extraordinariamente acreditada n'esta capital, não pela notavel amabilidade dos seus gerentes, como pelo facto de ter fallido tres vezes.

Gonçalo Mendes Ramires mandára da Torre um precioso cesto de rosas, com o seu bilhete, e n'uma linha este gracejo: «Em agradecimento d'um cravo, rosas á Snr.^a D. RosaGonçalo quasi pulou na cadeira, divertido: Sim, sim, Snr. Visconde, perfeitamente!.. Agora me recordo! Pois desde essa tarde elle sempre almejára por uma opportunidade de mostrar ao Snr.

Ali, debruçado sobre a meza do whist, na curvatura interessada dos myopes, um homem magro e sêco, de uma magresa forte e resistente, pondo ás vezes por cima dos oculos afumados o seu lorgnon, interroga o parceiro com a sua voz mansamente timbrada: é o poeta do Avè Cesar e do Pavilhão negro, o dramaturgo dos Primeiros amores de Bocage, o romancista dos Bandeirantes, orador, estadista, diplomata, academico, é Mendes Leal, emfim.

Desde então, Calisto Eloy não bebeu senão vinho, e melhorou da garganta e do espirito, um tanto quebrantado, recitando, a cada garrafa que abria, o proverbio da sagrada escriptura: Vinum bonum laetifical cor hominis. Não obstante, o descredito do seu classico deveras lhe doeu, mormente pelo tom de mofa com que o cirurgião enxovalhou as cãs do honrado e lusitanissimo escriptor Luiz Mendes.

O prestito funebre seguira a desde a igreja de Santa Isabel até ao cemiterio dos Prazeres. Mendes Leal encontrou-me n'aquelle ondular de pessoas de todas as classes sociaes, que foram prestar a derradeira homenagem ao mallogrado Saraiva. Chamou-me, e abordoou-se ao meu braço. Assim fomos conversando até ao cemiterio occidental no meio da multidão immensa.

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