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Poderia fazer com que Magdalena, odiando a pobre Martha, lhe roubasse a pessoa a quem ella amava, ficando apenas reduzida á miseria e ao descredito que por toda a parte lhe proclamava. Eram estas as suas idéas, idéas que principiavam a desvanecer se, á proporção que ia lendo na alma de Magdalena toda a grandeza d'aquelle coração, immenso como a agonia que o dilacerava!

MARIA com o braço pela cintura de Martha, e a voz muito suave e muito resignada: Fica perto da cidade O sepulcro: é no jardim Do José d'Arimathéa. Ao aroma do jasmim Casa-me o aroma da rosa...

Agora vae elle estabelecer um hospital para as pessoas atacadas pela febre, hospital de que meu marido é o encarregado. E não elle, como sua mulher e filhas, se tem interessado o mais possivel por mim, ajuntou Jeronymo. Nunca me ha de esquecer aquella noite, menina, tartamudeou Manuel dirigindo-se a Martha.

Se Deus a arrasta ao leito da moribunda, elle mesma a salvará, respondeu fleugmaticamente mestre Jeronymo, lendo-se-lhe, apezar de tudo, um certo receio pela vida da criança que estremecia. Muito estimo que assim penses, acudiu Balbina, que saira n'este momento de casa. O mesmo pensei eu quando Martha me foi pedir uma gotta de caldo; entregando-lh'o, entreguei a a Deus.

Pois olhe, tia Monica, veja como eu sou, se tivesse a certeza de que Martha era de ha muito amada por Manuel de Mendonça, creia que embora eu morresse de paixão, seria capaz de me sacrificar, a ponto de ser eu a propria madrinha do seu casamento. Hontem estava pensando n'isso. Mas o que eu queria, era ter uma certeza.

Valor! disse Magdalena, soltando-se dos braços de Martha, é necessario que se restabeleça para em breve conceder a sua mão ao filho de D. Marianna de Athayde! Ao filho de Marianna de Athayde! exclamou ella sem comprehender uma palavra do que acabava de ouvir! Sim, ao filho da sua amiga Marianna. Então Manuel de Mendonça é... Seu filho.

Falta me aqui uma pessoa a quem desejava ver antes de morrer. Queria abraçar a Martha, a minha companheira do hospital. Deus favorece-lhe os seus desejos, meu pae. Ha dois minutos que alli estão todos tres: e, abrindo a porta, deu passagem a Balbina, Jeronymo e sua filha. Approximem-se, meus amigos, disse-lhes o conde de S. Luiz.

E se essa mulher não passasse de uma infame mentirosa? E se tudo quanto a tia Monica te disse fosse verdadeiro? Que remorsos não terias n'este momento, se me tivesses dito que a conducta de Martha era irreprehensivel? Isso é que é verdade, sr. Manuel de Mendonça. Em todo o caso, tudo se poderá hoje descobrir. Se o senhor consentisse que eu fosse em sua companhia...

Jesus mesmo não vivêra sempre na sua santidade inhumana; era frio e abstracto nas ruas de Jerusalem, nos mercados do Bairro de David; mas tinha o seu logar de ternura e de abandono em Bethania, sob os sycomoros do Jardim de Lazaro; alli, emquanto os magros nazarenos seus amigos bebem o leite e conspiram á parte, elle olha defronte os tectos dourados do templo, os soldados romanos que jogam o disco ao da Porta de Ouro, os pares amorosos que passam sob os arvoredos de Gethesemani e pousa a mão sobre os cabellos louros de Martha, que ama e fia a seus pés!

Porque choro? Porque avalio a dôr de Martha! Porque a sinto tão viva e tão penetrante como ella que a soffre! Porque choro? Porque sei quanta agonia ha, n'esse amar em silencio, o homem que nunca póde ser nosso! Pelo que vejo... ama alguem? perguntou Manuel com voz tremula. amei alguem... sim... mas ha muito tempo. Hoje não, sr. Manuel de Mendonça!

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