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«O sr. marquez de Sá da Bandeira, com o tino e sensatez que lhe dá o muito conhecimento que possue dos negocios do ultramar, resolveu, na ultima vez que foi ministro da marinha, acceitar aquellas bullas, o que os ministros seus predecessores tinham recusado.
2^o Não cessando o Consul Geral de S. M. Britannica nesta Côrte de representar sobre a detenção do Brigue Beaver em 12 de Janeiro p. p. bem como a admissão no serviço deste Imperio do Tenente Britannico Taylor, qualificado como Desertor da Marinha da sua Nação, e não parecendo sufficientes as explicações que este Ministerio tem dado de ambos aquelles procedimentos, visto ter insistido o sobredito Consul como a Vmce. tem sido constante pelo meu despacho numero 17 de 26 de Novembro ultimo; Deseja S. M. O Imperador que para não soffrer a menor duvida a realidade de Seus Sentimentos em querer condescender com S. M. B. e inteiral-o de sua Franqueza e Amizade, Vmce. se apresente immediatamente a esse Governo como auctorisado para ir tratar expressamente deste assumpto, e depois de fazer uso de todas as razoens produzidas na minha Correspondencia Official com o Consul Britannico, tendentes a demonstrar que o Governo Brazileiro não teve premeditação a desagradar essa Côrte, que mui pelo contrario tem o maior sentimento pelas consequencias que parecem nascer daquelles dois factos, Vmce. fará ver que tem ordem de os desapprovar solemnemente em Nome e da parte de S. M. I., que os considera como um acto de inconsideração do passado Ministerio; dando Vmce. esta satisfação annunciará que S. M. I. em ultima prova da veracidade das protestaçoens feitas e do seu ardor em manter a melhor harmonia com o Governo Britannico, estará promto a dimittir o Tenente Taylor; mas Vmce. empregará todo o seu zelo em ponderar a extensão do sacrificio que S. M. I. fará em dimittir e entregar um Official que tão bom serviço ha prestado ao Imperio, e que procura expiar a sua primeira falta redobrando de actividade e zelo no serviço de uma Nação tão estreitamente ligada em interesses e affeiçoens á sua propria Nação.
Pereira Pinto condemna particularmente a manutenção da conservatoria ingleza, apenas abolida em 1844, quando o tratado deixou de estar em vigor; a amplissima liberdade de negociar, prejudicial, diz elle, á nacionalização do commercio, mas que entretanto foi, sob outros aspectos, um enorme beneficio; a desigualdade, com o fito de proteger os estaleiros domesticos e animar a marinha mercante nacional, no modo de regular a nacionalidade dos navios, pois ao passo que se consideravam inglezes os que fossem possuidos, registrados, e navegados segundo as leis da Grã Bretanha, eram reputados brazileiros sómente os construidos no territorio do Brazil, possuidos por Brazileiros, e cujo mestre, e trez quartas partes da tripolação fossem tambem subditos do Imperio; finalmente o estabelecimento de direitos fixos de 15 0/0 para as importações da Inglaterra, quando os direitos aduaneiros cobrados n'essa nação, ainda então proteccionista, não se achavam claramente definidos, entrando apenas o Brazil na cathegoria da nação mais favorecida.
Portanto, temos collocado em differentes commissões 150 officiaes; isto é, contamos fóra do serviço um pessoal distinctissimo, que honra o paiz e que poderia ser muito mais util á patria na armada do que nas commissões. Logo o nosso pessoal é superior ao que realmente nos pedem as exigencias da marinha.
Deste verme basta que se mande o desenho, se houver quem o faça: e para o fazer, se metterá a concha, em quanto o seu verme está vivo, em hum vaso cheio de agoa do mar, se ella for marinha, ou de agoa doce, se ella for fluvial; porque então sahe o verme todo fóra da concha, e dilata ao natural todas as suas partes de sorte que com muita facilidade se póde desenhar: nas conchas terrestres será preciso esperar, que o animal saha por si mesmo para se poder tirar o seu desenho.
Os jornaes inglezes hoje confessam tambem entre dentes que o papelucho era estupido. Se o era! E estão d'ahi a vêr o resultado: Arabi encolheu os hombros, adjudicou-se mais o ministerio da marinha, e substituiu alguns dos outros ministros, antigos familiares do Khediva, por homens seus, gente de nervo e de arranque.
Propunha eu um meio de estudar parcialmente o interior das nossas colonias de Àfrica Oriental, e isso com a maior economía para o Estado. Depois de muito debatida a questão por nós tres, foi a memoria enviada ao Governo de Sua Magestade; mas sube depois que nunca chegara ás mãos do Ministro da Marinha.
Lino, Barata, Antonio Carlos e Pinto da França exprobaram a attitude do official de marinha e do governador militar, e assignalaram o descontentamento do Brasil inteiro por não estar o commando das armas sujeito ao poder executivo provincial.
Tambem a titulo de simples recordação lembrarei que sendo Thomaz Ribeiro ministro da marinha primeira pasta que geriu fui eu que, a seu pedido, entabolei negociações com a livraria Chardron, do Porto, para a acquisição da propriedade das suas obras.
Na proxima noite de theatro, Liberata, no camarote, ria, olhava, requebrava-se do mesmo modo, com a notavel differença de que o seu companheiro era um capitão de marinha ingleza, que accumulava ás delicias de uma conquista de tal ordem os gosos d'uma solemne embriaguez de vinho.
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