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E porque Deus , e para que Deus veja, é que os homens esventram montanhas e lhes roubam os mármores sem preço, vão ao fundo da terra cavar os finos metais e as pedras rutilantes, jogam a vida sôbre os mares traiçoeiros em demanda dos brocados e sêdas nunca vistas e de todos êsses tesoiros confusamente amontoados arrancam, por fim, a mais audaciosa e deslumbrante maravilha do humano engenho: o templo gótico!

Porque a amava muito, apezar do seu feitio rude, das suas maneiras largas d'embarcadiço; morria por ella e pelas pequenas. Não pensava em mais nada, nas longas viagens trabalhosas por esses mares fóra.

Toda a composição, partindo das espaduas de um homem, que parece sustentar-lhe todo o peso, ascende n'uma trepidação de algas e de folhagens para a cruz de Christo entre as espheras que tomara por empresa o rei venturoso de Portugal triumphante na vastidão dos mares, em todo o circuito do globo.

Emquanto assim e unicos navegavam os Hespanhóes pelos mares do Oeste, não cessavam, por seu lado, os portuguezes de continuar em descobrimentos ultramarinos para as bandas do Oriente. Em 1497 partira Vasco da Gama, e voltara para Lisboa em 1498, aos 29 do mez de agosto.

O que ella representa é um momento risonho e curto da existencia humana; um momento em que tudo é bello e harmonioso na terra e no céo, em que, para imitar os deuses que crearam, os homens não precisam de deixar mutilar as suas energias mais vivas, os seus instinctos mais naturaes; um momento em que o amor é sagrado e puro como a fonte inexgotavel dos sêres, e como tal tem culto e tem altares; um momento em que a Natureza é benevola e , e em que da espuma dos mares da Jonia póde brotar a flôr maravilhosa da eterna belleza, em que a inconstancia das ondas, a perfida doçura das sereias, o abysmo glauco, que tem no fundo grutas de esmeralda collaboram em uma obra divina e produzem um symbolo immortal...

De cem outras, cuja gloria Enche as paginas da historia Dos reinos de el-rei Merlin? Umas tem mando nos áres; Outras, na terra, nos mares; E todas trazem na mão Aquella vara famosa, A vara maravilhosa, A varinha do condão. O que ellas querem, n'um pronto, Fez-se alli! parece um conto... Mesmo de fadas... eu sei! São condões que dão á gente, Ou dinheiro reluzente Ou joias, que nem um rei!

E um espectaculo deslumbrante, unico, que obriga o mais fervente admirador dos genios modernos a render-se á superioridade evidente de Camões; porque Camões, e elle, poude, sem ser monotono nem faltar á mais escrupulosa verdade, fazer de uma longa enumeração de terras e mares uma formosissima galeria das mais variadas paisagens e marinhas; porque elle soube ser successivamente Claude Lorrain e Vernet, ficando ainda superior a estes e a todos os pintores, ficando sempre o grande, o incomparavel, o divino marinheiro LUIZ DE CAMÕES!

Dissera recantos de paisagens, brilhos de mares azues, figurinhas que tinham passado, subtis, pela sua vista, desaparecendo logo, na rapidez das viagens, no imprevisto das caminhadas pelos campos serenos da Toscana.

Meditemos na maravilhosa obra operada por Ruskin n'um sentido esthetico, que á primeira vista se figura retrogrado, mas que encerra talvez em germen o destino futuro, preciosamente moralisante de todas as industrias, desde que os aperfeiçoamentos da electricidade desloquem o eixo do trabalho fabril, levando a casa de cada artifice por meio de um tenue fio de arame o quinhão de força que tem para distribuir por cada operario do seculo que vem o immenso e incalculavel esforço propulsôr do sopro dos ventos, do fluxo e refluxo das marés, da corrente dos rios, dos cyclones das Pampas ou das cataractas do Niagara.

Porque não fôra elle um rude marinheiro, luctando com o Mar, os Ventos, o Revez, sem recear da Plebe o grito carniceiro, nem temer o histrião calcando-o sob os pés, e, uma noite, morrer, por entre um nevoeiro, ou junto á loura amante, á lua das marés!?

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