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E o mundo escuta, indefinidamente, a voz da Lyra a protestar terrivel. Ouve-a na sombra, ou pelo sol poente, se o vento dobra o cannavial flexivel, ouve-a nos sonhos, ouve-a intimamente, n'uma continua musica inflexivel, até que emfim vencido n'esta liça o mundo clama: Faça-se a Justiça! Era uma noute livida e chuvosa, ermas as ruas, ermas as calçadas.

Fique em silencio eterno a minha lyra; Pomba do céo tu vae; Deus te bem fade, N'esta alma em teu logar guardo a saudade, Se a essencia sobrevive á flor que expira. ........................................

Ai da humanidade, se o poeta deixar pender a fronte desalentada ao partirem-se-lhe as cordas da lyra! a prosa invadirá o sanctuario dos mais nobres estimulos, e o sceptico exultará ao soltar a sua risada infernal como a dos condemnados do Dante. Não sei quantas vezes temos lido as Flores do Campo, exhaurindo sempre novos e exquisitos perfumes.

Fique em silencio eterno a minha lyra; Vae, effluvio de Deus! Deus te bem fade: N'esta alma, em teu logar fica a saudade, Se a essencia sobrevive á flôr que expira.

Fique logo pendurada A frauta com que tangi, Ó Hierusalem sagrada, E tome a lyra dourada Para cantar de ti; Não captivo e ferrolhado Na Babylonia infernal, Mas dos vicios desatado, E desta a ti levado, Patria minha natural. E s'eu mais der a cerviz A mundanos accidentes, Duros, tyrannos e urgentes, Risque-se quanto ja fiz Do grão livro dos viventes.

As paixões revoltas de Byron e Espronceda não as conhecia elle. Era portanto o poeta da solidão, que vivia do seu ideal, longe do bulicio da sociedade, onde outros iam afinando a lyra pela excitação febril dos sentidos.

O soneto A Borralheira, de Luiz Guimarães, é dos mais scintillantes da sua lyra ardente: Meigos pés pequeninos, delicados Como um duplo lilaz, se os beija-flôres Vos descobrissem entre as outras flôres, Que seria de vós, pés adorados! Como dois gemeos sylphos animados, Vi-vos hontem pairar entre os fulgores Do baile, ariscos, brancos, tentadores... Mas, ai de mim! como os mais pés calçados

Não é ella nascida da phantasia dos homens, mas surge real e verdadeira, em plena luz e cheia de gloria, das emmaranhadas e mysteriosas paginas da Historia! A seus pés depomos, desprendendo-os das cordas da nossa lyra, os primeiros trenos d'amor como um timido e passageiro ensaio, na poesia que lhe consagramos de pag. 74 a 77.

Feliz o que no berço abraça em sonhos vagos Um phantasma de fogo e acorda pensativo! Ao tecto do casal vem-lhe a estrella dos Magos, E sempre estrada immensa aponta-o lume vivo... E então é tanto o ardor a incendiar a mente, Que se crê que dentro estalam mil vulcões; Um descobre um Principio, um outro um Continente, O Talma encontra um palco, uma lyra Camões!...

Entre os primeiros christãos, Orpheu deleitando os animaes ferozes com os sons da sua lyra, era um symbolo de Jesus Christo domando as paixões dos homens e attrahindo-os com os encantos da sua doutrina.

Palavra Do Dia

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