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Appareceu desmaiada, como a vi uma vez ao luar silencioso, com uma côr que lhe realçava a candidez, e disse-me: «Vim vêr-te na despedida do tumulo. Desde que adoeci nunca mais me appareceste. O esquecimento é frio e pesado como a lagem sepulchral. Eu não queria dizer-te isto, não quero magoar-te; perdôa.

Entre o luar dos hinos e o verdor das palmas, Para caminham romarias d'almas... Todos nós fomos com a nossa avó!... Oh, as invisiveis procissões piedosas, Romarias fluidas, sobrenaturaes! Por onde ellas marcham, brancas, vaporosas, Fica nos espaços um alvor de rosas E uma angelisante tremulina d'ais!...

A insurreição vendeu o Messias da nova ideia pelos trinta dinheiros de Judas. O luar da Hespanha, o doce confidente das serenatas, volveu-se sanguineo, como o reflexo d'uma forja. O templo, onde porventura existia uma Virgem de Murillo, ficou devoluto, abertas as portas, e as aves de rapina entraram para os saquear depois que o pastor espiritual saiu para combater.

Aos domingos a mãe deixava-lhe uns dez reis. Deitava-se ao luar, dormindo sobre os fênos, Na fragrancia do trêvo, ao dos cães fieis. A mãe tinha de seu duas vaquitas mansas: N'um cerro agreste e vil alguns palmos de chão. E tinha ainda mais não sei quantas creanças Que andavam nuas sempre e sempre a pedir pão.

E fio a fio vae tecendo e constroe a sua theoria: * «Oh como eu tremo deante das arvores, do luar que corre branco e sem murmurio, da natureza esplendida!... Passo por doido e na verdade eu quasi grito de pavor deante do espantoso universo. Olhae a treva a escutar, o mysterio, a agua que brota sem ruido, a arvore de braços erguidos, o caliginoso mar...

Nocturna e dubia luz Meu sêr esboça e tudo quanto existe... Sou, num alto de monte, negra cruz, Onde bate o luar em noite triste... Sou o espirito triste que murmura Neste silencio lúgubre das Cousas... Eu é que sou o Espectro, a Sombra escura De falecidas formas mentirosas.

Elle estava deitado de costas, membros abandonados, descomposto, numa nudez de ephebo, morto mysteriosamente á beira da agua. Os olhos de vidro, salientes do caseado das palpebras, muito abertas, lembravam os dum santo de capella pobre contas escuras de camandulas, despedindo traços rectos de suavidade. Era serena a sua face livida, irmã da luz daquella hora, mal cortando o luar.

Partirá comvosco, porque é vosso irmão, A laranja, o mundo, que tem na mão... Dormi, dormi, sem dor, sem penas... Dormi, dormi!... E em vossos leitos florescentes, De rosas brancas e assucenas, Caiam dormentes, Caiam exanimes, trementes, Graças do baptismo do luar alvissimo! Beijos do noivado do luar purissimo! Lagrimas da morte do luar tristissimo!

Parei, como colhido por um repuxão nas entranhas. A creatura passou no seu magro rondar de gata negra, sobre um beiral de telhado, ao luar de Janeiro. Dous poços fundos não luzem mais negra e taciturnamente do que luziam os seus olhos taciturnos e negros. Deante do espelho, a creatura, com a lentidão d'um rito triste, tirou o chapéo e a romeira salpicada de vidrilhos.

E, quando desceu a escadaria, encontrou á porta da taberna, no estendido luar que orlava a rua adormecida, o Fidalgo da Torre e o João Gouveia bruscamente engalfinhados na costumada contenda sobre o Governador Civil de Oliveira o André Cavalleiro! Era sempre a mesma briga, pessoal, furiosa e vaga.

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