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Chorando amargamente o seu velho paiz, E não vendo da gloria o fulgido matiz Engrinaldar emfim o nosso lar sagrado, Deixava-se outra vez morrer abandonado Batido de vergonha, extatico, infeliz!

Não queria imitar Vaz de Sousa; não mancharia, com uma inapagável mácula, a santidade daquele lar; não toldaria a pacificação daquela morada em que se agasalhavam sentimentos perfeitos abençoados por uma inocência angélica; não conturbaria a limpidez da sua afectividade fraterna com um punhado de lama e de vileza.

Peregrina de Deus, de lar em lar, a prece dessa voz erguia os homens para que orando terminassem o trabalho.

A miseria ameaçava invadir aquelle lar, até alli remediado. Tudo isto exacerbára a acrimonia das discussões conjugaes. Marido e mulher fustigavam-se com os menos amaveis epithetos e attribuiam-se reciprocamente as honras da ruina do casal. De noite desencadeiava-se a tempestade domestica e cada vez mais ameaçadora.

A espaços da profunda e tragica nudez D'uma choupana irrompe um grito de viuvez, Um clamor de orfandade... E o sino chora então Lagrimas sepulcraes de bronze na amplidão. A colera de Deus, cujo olhar encendeia, Correu como uma loba hidrophoba na aldeia. Não ha lume no lar, nem ha pão nos armarios.

Sacode como um peso importuno todos os pensamentos que o absorviam, senta-se ao d'ella, porque a triste, enfastiada, com um certo desleixo no aspecto que lhe aperta o coração, procura não reparar, para a casa sem arranjo a que falta aquella poesia do lar que tanto o captivou nas suas scismas de rapaz; conversa, afaga-a, desenrola diante do olhar d'ella vago e distrahido um horisonte de futuras alegrias.

«Ella vivêra sempre entregue á dura sorte, Tão avara, cruel, que era mais doce a morte; Sempre a escrava fiel da Familia, do Lar, Das duras afflicções; sabia chorar; Não invejára nunca as pompas nem os brilhos; E até nem mesmo o Ceu lhe concedia os filhos

Na lareira arde um canhoto. Cabe o nevão. A cosinha é negra, de telha , é negro o frio, mas as almas sentem-se agasalhadas. Por um buraco avistam-se as estrellas e uma pedra serve de lar. Ao estalido das pinhas, abafadas na cinza, repartem um pão que é o suor do seu rosto, bebem um vinho aquecido em arvores que as suas mãos cortaram. Sentados ao lume não falam.

Ignorava-o ainda quarenta e oito horas. E André contou como, por acaso, ao remexer as cinzas do lar, desenterrara a chave da caixa, a qual era ao mesmo tempo a chave de tantos mistérios!

Os seus vestidos escuros, mal roçando nos moveis, como levados n'um vôo de borboleta, as suas lentas mãos guiadas á descoberta de fazerem o lar confortavel sem parecerem tocar nos objectos, uma percepção sagaz de concentrarem cuidados no gabinete dos livros, na ordem dos papeis, na tamisação da luz, nas flôres da secretária, tudo isto que dir-se-hia casual, por vezes como que se lhe affigurava nascido de uma ardilosa malicia de o prenderem pelo reconhecimento a essa vida a dous que em principio tamanhos sustos lhe trouxera.

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