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Será realmente Helena de Noronha? dizia comsigo Julio de Montarroyo affirma que sim; mas o seu estado febril justifica em certo modo uma allucinação, que o fizesse tomar pela mulher que ama, uma sombra, talvez uma phantastica visão dos seus sentidos excitados... Emfim, o Manoel Mil-homens, que é arrojado e valente, encarregar-se-ha de verificar até que ponto são verdadeiras as affirmativas de Julio.

Não, minha senhora volveu Julio e até eu ignoro como e de que maneira esta carta pudesse ser-lhe enviada por Helena, de quem não tenho noticias ha dezoito annos!

Então eu podia ficar, estavam ali os meus amigalhotes, cheguei mesmo a rir das caretas que me faziam alguns, o Estêvão principalmente. Isto é preciso muita paciência, senhora Helena, muita soma de paciência. Um mestre precisa de ser um santo. Em boa hora entrasse... Entrou, ele há-de estudar. Ora há-de, Josezinho? Das bancadas alguns acenavam-me que não, arregalando muito os olhos.

Julio de Montarroyo? Disse-me o Gustavo que v. ex.^a comprou a casa de Norberto de Noronha. A casa de Helena, minha senhora...

Minha pobre Helena! murmurou attonita madre Paula, fixando na carta os olhos turvos de lagrimas. E voltando-se para o sapateiro: Onde está ella? perguntou. Quem? A menina de Villaverde? Está em S. Martinho de Campo, que é alli adiante da Povoa de Lanhoso... principiou o Tomba, pondo em prática o seu plano de arrastar a religiosa á presença de Julio.

O mancebo começou então recordando alegremente passagens esquecidas da sua infancia, travessuras de creança, brincadeiras, affagos e reprimendas do padre Filippe e de madre Paula, e n'isto levou algumas horas, que muito distrahiram e interessaram Helena de Noronha, agora de todo familiarisada com o filho.

Agora concluiu alquebrado, doente, com poucos dias de vida, todo o meu empenho era procurar v. ex.^a e pedir-lhe, por tudo quanto mais ama no mundo, que me dissesse se Helena de Noronha vive ainda ou se devo procural-a no mundo dos espiritos... O homem que aqui nos guiou é que foi portador d'esta carta.

Helena de Noronha chorava silenciosamente, apertando com ambas as mãos o coração, que parecia querer saltar-lhe fóra do peito. D. Aurelia proseguiu: Assim, o desditoso adquiriu por todo o preço a casa que foi de teu pae, que foi tua, e n'ella vive, ou antes n'ella vae morrendo lentamente, ralado de dôr e de saudade...

Não é preciso accudiu D. Aurelia com meiguice nos conhecemos desde hontem á noite... Sim confirmou madre Paula devo a esta senhora a mais amavel e gentil hospitalidade que ha muitos annos me foi dado receber fóra do meu convento... Pois tu estás desde hontem? perguntou Helena admirada.

O que em verdade lhe digo, minha boa amiga, é que não preciso recordar os juramentos que fiz a Helena, dous dias antes da sua morte, para vencer a impressão que Rosa Guilhermina me poderá ter feito.

Palavra Do Dia

alindada

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