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Se d'aqui a alguns seculos, dos variadissimos monumentos que hão-de instruir os vindouros ácerca do modo de ser das sociedades actuaes, não restasse mais nada senão a legislação e alguns raros e desconnexos documentos e memorias, os historiadores de então podiariam provar com as leis na mão que a usança estolida e feroz do duello deixara ha muito de existir.

Agora errava alli, n'essa cidade onde havia um grande Templo, e um Deus feroz e sem fórma que detestava as gentes. E o seu desejo era voltar a Mileto, sua patria, sentir o fino murmurio das aguas do Meandro, poder palpar os marmores santos do templo de Phebo Dydimeo onde elle em criança levára n'um cesto e cantando os primeiros anneis dos seus cabellos...

Tinha-a vivido febrilmente e esgotou-a com uma precocidade de nervosa, que tudo interessa e aborrece em pouco tempo. Depois, ainda por orgulho. Tendo feito um casamento desigual, não queria humilhar meu pai nem humilhar-se. Havia nesta vida de desejo de dois seres tão diferentes e isolados qualquer coisa de feroz, de criminoso.

D. Serafina pensava durante o resto do anno n'esse gaudio balnear, esperava-o com uma certa anciedade, porque a Mealhada era, a respeito de salsifrés, uma terra morta, e D. Serafina tinha pela dança uma paixão feroz.

As mandìbulas d'este feroz hymenòptero, sam fortissimas e de grandeza desproporcionada. Da sua mordedura no homem sahi logo um jacto de sangue. Os chefes conduzem as suas phalanges a grandes distancias, e atacam todo animal que encontram no seu caminho. Por mais de uma vez, durante a minha viagem, tive de fugir aos ataques d'este feroz insecto.

Fazia pena ouvil-o, o misero mollosso Em seu triste chorar! Era quasi uma sombra: apenas pelle e osso E um vago, um doce olhar!... Eis a sorte cruel do pobre que não come, Dos miseros sem pão! Em paga ainda em cima os vae tragando a Fome, A negra apparição! Latia o cão faminto. O frio era mordente, Feroz, quasi voraz! E o pobre não sabia, em fim, que ha muita gente Que adora a santa paz.

Vestir o desventurado rei negro Cetewayo, como elles agora fizeram, de coronel de infanteria, obrigar os chefes dos Basutos a saber de cór os nomes da familia real ingleza, são talvez actos de feroz despotismo, mas não deterioram nenhuma primitiva originalidade de linha ou de idéa.

De um lado traz o padre, e de outro o algoz De ventas dilatadas E a estupida expressão de um ser feroz. As brancas mãos ligadas, Veem roxas das auras matutinas, E das correntes finas. Cinge-lhe o corpo esvelto a alva infamante Dos tristes condemnados, E ás vezes solta um ai tão lancinante, Que tremem magoados Os proprios corações mais rancorosos, E os monstros mais odiosos.

E tu sabias que me salvara a tua mão, a tua palavra, a tua alma de justo, a tua face que eu não quizera vêr, contrahida e severa, retraindo-se perante o quadro da minha fraqueza! Tu bem o sabias, forte, bom, generoso, nobre, sempre bom e todavia sempre justo! A crise mais feroz atravessei-a, pois, abrigado, abrigado pela sua voz amiga.

Inevitavel. Desde que o meu amigo rasgou as mascaras enganadoras ao Universo, para lhe descobrir a essencia e natureza intima, e desde que a lei do Universo é o predominio do mais feroz e do mais forte, toda a imensa humanidade, tumultuosa e vária, se resume logicamente em dois homens apenas: o algoz e a vitima, o homem que sofre e o homem que faz sofrer. Os bons são os que padecem. A miseria, mesmo sinistra e delinquente, é um principio de virtude. Nenhum dos ladrões, nenhuma das prostitutas do seu poema resvalaram ao vicio ou ao crime por vontade propria, por fatalidade fisiologica. Obrigou-os a fome, calcou-os a injustiça. A sua infamia e a sua ignominia é a avareza ou a luxuria dos homens opulentos e devassos. Todos os ricos, ainda os caridosos, são perversos, e todos os miseraveis, ainda roubando ou esfaqueando, são creaturas boas, porque são vitimas dos primeiros. Os retratos dos bemfeitores do seu hospicio (pag. 59) parecem-lhe «uma galeria de afogados, todos solemnes, ricos e maldosos, hirtos, de labios finos e ar de cerimonia.» E as alfurjas, cadeias e prostibulos, onde se amontoam, n'um horror tenebroso, os vicios alucinados e os crimes exorbitantes, afiguram-se-lhe á imaginação misericordiosa como templos de angustias, santuarios sagrados de tribulações e de martirios.

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